quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Unidos em Cristo

O estar unidos em Cristo tem dimensões sociais. Um dos aspectos desta união é a aceitação mútua.
Se olharmos para a Bíblia veremos o quanto estamos sendo falhos em nossa vida em comunidade.
Cinco maneiras específicas nas quais nossa união com nossos irmãos em Cristo deve expressar-se.
(1) Precisamos relacionar-nos como pecadores perdoados. O que nos une a Cristo é sermos pecadores justificados. Não nos julguemos com dureza, deixemos o julgamento final para Deus (1 Co 4.5). Devemos estar prontos a nos perdoar como Cristo nos perdoou (Ef 4.32) Não temos permissão para alimentar mágoa contra ninguém (Mt 5.23,24; Ef 4.26). Devemos confessar nossos pecados uns aos outros (Tg 5.16) – aprendemos a louvar coletivamente, aprendemos a adorar coletivamente, aprendemos a orar coletivamente mas, não aprendemos a confessar pecados coletivamente e é por isso que estamos sós no Cristianismo. Quando temos verdadeira comunhão em Cristo temos ousadia para confessar nossos pecados não apenas a Deus mas também a nossos irmãos.
“Perante o psicólogo, não passo de um doente; perante o irmão posso ser pecador. (...) O psicólogo (não psicólogo cristão) me encara como se não existisse Deus; o irmão me vê à luz do Deus julgador e misericordioso na Cruz de Jesus Cristo.” (Bonhoeffer)
Se tiver em nossas mãos algum dia a desagradável tarefa de disciplinar um irmão que caiu em pecado, precisamos fazê-lo no espírito de Gálatas 6.1.
(2) Devemos orar uns pelos outros (Cl 1.9,10; 2 Tm 1.3). Por que não oramos uns pelos outros? Será que o nível de nossa vida em comunidade anda tão baixo? Lembre-se de Tiago (Tg 4.2).
(3) Devemos agradecer a Deus diariamente uns pelos outros (Exemplos de Paulo: Rm 1.8; Fp 1.3,4; 2 Ts 2.13; 1 Co 1.4).
(4) Devemos ver Cristo em nosso irmão. Estar em Cristo significa estar unido em Cristo com outras pessoas (Rm 12.4,5). Quando olho pra você não devo procurar as falhas e sim o que Cristo fez por você e está fazendo através de você.
O existencialista diz: “O inferno são os outros”. (Jean-Paul Sartre na peça “Entre quatro paredes”).
O cristão diz: “Graças a Deus pelas pessoas; pois é através de pessoas em que Cristo habita que Deus constantemente enriquece a minha vida”.
Implicações de se ver Cristo no irmão
Regozijamos uns por causa dos outros. O que faz um crente ficar alegre ao fofocar sobre pecados de seu irmão não é o Espírito Santo. Paulo se alegrava com as coisas boas que aconteciam aos irmãos (Cl 2.5; 1 Ts 3.9). João expressou sentimento semelhante (3 Jo .4).
Temos confiança uns nos outros. As pessoas tem a tendência de descrer do próximo. Paulo pensava diferente (2 Ts 3.4; Fm .21).
Prontidão em nos encorajarmos mutuamente. Um irmão pode precisar tanto do meu encorajamento hoje como pode precisar da minha repreensão amanhã. Outra vez Paulo é o exemplo (1 Ts 2.11,12; 5.11).
(5) Precisamos manter nossa unidade em Cristo. Alguns cristãos parecem gostar mais de divisões do que de unidade. Paulo pede unidade (1 Co 1.10; Ef 4.1-3; Fp 2.1-2). Se estamos em Cristo, os nossos pontos de diferença sempre serão menos importantes que as verdades básicas em que concordamos. Quando nós, que dizemos estar unidos em Cristo, não conseguimos viver unidos uns aos outros, que tipo de testemunho estamos dando ao mundo? (Jo 17.20,21).

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