sábado, 9 de março de 2024

Os Passos Para a Mudança (Lc 15.17–22)

 


Os Passos Para a Mudança (Lc 15.17–22)


Esses versículos estão incluídos na história do filho. Aquele filho que pediu sua herança ao seu pai, foi-se embora e gastou todo o seu dinheiro de uma maneira indevida, gastou tudo e chegou à pobreza total. Agora ele desejava comer a comida dos porcos e nem isso lhe era dado. E ele, sendo um judeu, considerava o porco um animal imundo. Agora, nem a comida desse animal imundo ele podia comer. Ele chegou a um estado deplorável. E agora? Como mudar essa situação? Quais os passos a se tomar?

1º Passo para a mudança: Caia em si. Admita a sua condição. O verso 17 diz “então, caindo em si”. O que é cair em si? De repente, tem aquele estalo! Eu entendo o que estou fazendo e onde eu estou. Percebo o que está acontecendo comigo. E, no caso dele, foi assim: “Gente, quantos trabalhadores lá na casa do meu pai? E eles têm pão com fartura. E eu estou aqui morrendo de fome. É melhor ser um servo na casa do meu pai do que estar livre nesse mundo”. É a primeira coisa que a gente tem que fazer em qualquer área da vida. Se você tem um vício, você tem que cair em si e admitir que você tem. É difícil, não é? Se você tem um problema, caia em si e admita que você tem esse problema. Se você tem uma luta, lute-a! E tomar ciência da sua condição é o primeiro passo para a mudança.

2º Passo: Tomar a decisão. O verso 18 diz que o filho resolveu mudar as coisas. Ele diz: “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai”. Eu vou me levantar, eu vou procurar o meu pai e eu vou dizer pra ele: “Pai, eu pequei muito contra o senhor, pequei contra o céu. Não sou digno de ser chamado seu filho. Eu perdi a minha herança. Eu fui embora. Eu quero ser como um dos seus trabalhadores”. Assim, ele tomou uma decisão. “É melhor procurar o meu pai e me humilhar e consertar essa situação”. Então, ele tomou ciência da sua condição. Ele caiu em si e agora ele toma uma decisão. E assim a gente tem que fazer. Você tem um problema conjugal? Tome uma decisão! Eu vou resolver isso. Você tem um problema em qualquer área? Admita que você tem esse problema e diga: “Eu vou resolver isso!

E agora? Agora vem a parte mais desafiadora e mais difícil dessa história toda: o terceiro passo.

3º Passo: Transformar a decisão numa atitude prática. E ele o fez. Veja o verso 20: “E, levantando-se, foi para o seu pai”. Ele fez exatamente o que ele disse que tinha que ser feito. É difícil, às vezes, fazer. Mas, é o que a gente tem que fazer. Se você precisa de ajuda, procure ajuda! Se você precisa de apoio, procure apoio. Se você entendeu e percebe que é incapaz de resolver as coisas sozinho, admita e transforme a sua decisão numa atitude prática. A gente é muito bom em diagnosticar as coisas e a gente sabe o que tem que ser feito. Fazer é que é o grande problema! E isso envolve o quarto ponto que conclui nosso processo.

4º Passo: Dependa da graça do Pai. Dependa do Senhor Jesus para tudo. Dependa do Deus Pai, Filho e Espírito, da Trindade Santa. O verso 20 continua dizendo que “vinha ele (o filho) ainda, pela estrada, lá longe, quando seu pai o avistou, e, compadeceu”. O pai ficou compadecido, sentiu a dor de seu filho e “correndo, o abraçou e o beijou”. É possível uma mudança? É possível! É possível transformar suas decisões em atitudes práticas, porque o Deus-Todo-Poderoso e gracioso, Ele age e Ele continua a agir. Vamos transformar a condição da nossa vida. Vamos aproveitar esse tempo que estamos vivendo agora para fazer uma autoanálise. Tomar a decisão que precisa ser tomada e transformar essa decisão em atitude prática. E confiar na graça do Senhor para isso. Nós conseguiremos! Você vai conseguir e eu também. Em nome de Jesus!


Juberto Oliveira da Rocha Júnior

Deus é Pai

 


DEUS É PAI


Ideólogos “progressistas” trabalham ferozmente para desconstruir a imagem de Deus Pai revelada nas Escrituras. Querem destruir a sociedade patriarcal e tentam descredibilizar a imagem de Deus como Pai. Mas, cristãos verdadeiros confessam: “Creio em Deus Pai...” Há interesses políticos e projetos de poder por trás dessas investidas para destruir a Família, a Igreja e a maioria das instituições. Independentemente disso, a Bíblia declara a paternidade de Deus.

Há pessoas que dizem: “Tenho dificuldade de ver Deus como Pai porque meu pai não é um bom exemplo”. Esse raciocínio está incorreto. Não é o seu pai que revela o caráter de Deus. É Deus quem se revela como Pai na Sua Palavra e é Ele o paradigma para que pais aprendam o exercício da paternidade.

A parábola do “Filho Pródigo” (Lc 15. 11-32) nos revela algumas qualidades e atitudes do Pai Celeste que nos enchem o coração. Vamos enumerar algumas:

1ª) O Pai educa o filho em toda circunstância (v. 12). Mesmo quando o filho deseja ir para longe, o Pai usa essa situação para que o filho aprenda o quanto Ele é bom. Esse filho somos nós. Eu já fui esse filho quando andava longe de Deus. Em Adão eu escolhi pecar e joguei fora toda a herança preciosa do Pai.

2ª) O Pai é maravilhoso e Sua casa um lugar de cura (vv. 17-19). Um filho verdadeiro vai aprender logo que é melhor ser “escravo” na casa do Pai do que “livre” nesse mundo.

3ª) É o Pai que vem ao nosso encontro e é Ele quem nos acolhe (v. 20). O filho perdido sabe que tem que retornar para o Pai, mas não sabe como fazê-lo. É o Pai que vai ao encontro do filho. É o Pai que abraça o perdido e não o contrário. O filho não sabe chegar em casa sozinho. É o Pai que traz o filho para casa e o faz entrar.

4ª) O Pai perdoa o filho arrependido e o restaura (vv. 21-22). O filho arrependido é cuidado pelo Pai que lhe dá: “a melhor roupa”, ele limpa e purifica o filho; “anel no dedo”, restaurando a condição de filho; “sandálias nos pés”, restaurando a dignidade e tirando da humilhação.

5ª) O Pai é alegre (vv. 23-24). Há muita alegria no coração do Pai quando o filho é restaurado e não está mais perdido.

6ª) O pai é promotor da paz (v. 28). O irmão mais velho, tomado de ciúmes não queria sequer ver o irmão recuperado. O Pai é que trata de conciliá-lo. Aqueles que já caminham com Cristo devem tomar cuidado para não se tornarem ciumentos como esse irmão mais velho!

7ª) O Pai é liberal para abençoar (v. 31). O filho que sempre está com o Pai já é herdeiro do Pai e pode desfrutar de toda a benção do Pai agora.

Pode ser que você seja o irmão que “estava morto... estava perdido...” (v. 32). Se lance nos braços do Pai e você reviverá e será achado. Eu sei. Eu já fui o filho mais moço. E quando o Pai nos encontra, abraça e leva para casa, há festa no Céu (Lc 15.7).

Quanto aos que já foram resgatados, cuidado para não se deixarem tornar como o irmão mais velho. Ele morava na mesma casa que o Pai e não conhecia o caráter do Pai. Busque intimidade com o Pai! 

O Deus verdadeiro é Pai e é maravilhoso! Não lute contra a maravilhosa revelação da paternidade de Deus.


Juberto Oliveira da Rocha Júnior 

sexta-feira, 1 de março de 2024

O “EU SOU” e os Que Não São

 


Se você não crê no Deus revelado na Bíblia, você não crê em Deus. Você crê em um ídolo. Muitas pessoas declaram crer em Deus, mas, quando aprofundamos o assunto eles afirmam crer num Deus da sua imaginação e não no Deus da Bíblia. Muitos afirmam crer em Jesus, porém, é um Jesus que eles inventaram, um que agrada ao ego. Não se trata do Jesus verdadeiro revelado na Palavra de Deus. É um ídolo produzido pela imaginação humana. Não sem razão Calvino disse que “o coração do homem é uma fábrica de ídolos”. A maioria das religiões declara crer em Jesus Cristo, mas, não se trata do Jesus verdadeiro. Elas têm um ídolo forjado as suas conveniências ao qual dão o nome de Jesus. O verdadeiro Jesus só pode ser encontrado nas páginas da Bíblia Sagrada em seus sessenta e seis livros. O “EU SOU” É a Trinidade Santa. Jesus é o EU SOU. Qualquer Jesus encontrado fora das Escrituras não é o Deus verdadeiro. 

 

Jesus é o Cristo, o Salvador Escolhido para nos libertar e livrar da morte. Ele é mais que mestre, curador, professor, ensinador, profeta, operador de milagres ... ele é tudo isso e mais. Ele é o Único Senhor e Salvador. Quando somos encontrados por Ele e o encontramos como revelado na Palavra. Ele se torna o governante de todas as áreas de nossa vida (Senhor) e o único salvador que nos abre o caminho para salvação e de volta para o Pai. Muitos estão dispostos a aceitar Cristo como Salvador. Poucos estão dispostos a recebê-lo como Senhor. O Cristo que se revela nas Escrituras é o Único que pode nos salvar e exige que o obedeçamos como Senhor que Ele é. 

 

O evangelho nos humilha, pois, descobrimos que somos pecadores e incapazes de nos salvar. O evangelho nos alegra, pois, nos mostra o Senhor e Salvador que nos salva por Sua livre graça, Jesus. O cristianismo não é uma religião. O cristianismo é o estilo de vida do discípulo de Jesus. As religiões são o esforço do homem pra se religar a Deus. O verdadeiro Cristianismo é a compreensão de que Cristo é que vem ao nosso encontro para nos salvar. É Ele quem se liga a nós graciosamente. Ídolos precisam ser buscados. Jesus Cristo nos encontra. Ídolos exigem sacrifícios. Cristo se deu em sacrifício por nós. Ídolos não tem vida em si mesmos e precisam ser sustentados pelo imaginário do homem. Jesus é vivo e ressurreto e é Ele quem nos sustenta e muda nossas mentes. Ídolos não podem nos preencher ou salvar porque nada são. Jesus Cristo nos salva e nos enche dEle próprio, pois, só Ele É. 

 

Se você concebe Deus como você quer acreditar que Ele seja, você está criando um ídolo, um escravo, e está assumindo o papel de Deus. Quer você tenha consciência disso, quer não. 

 

O melhor que podemos fazer é aceitar o Jesus Cristo revelado na Palavra, a Bíblia Sagrada, como Ele é. Devemos nos render a Ele e admitir que sem Ele nada somos. Só somos alguém porque Ele É o EU SOU. 

 

Não tente criar um Cristo conforme as suas convicções. Não tente moldar Jesus às suas conveniências. Isso te leva à perdição eterna. Leia a Bíblia e receba-o como Ele É. Ele é o criador e nós é que devemos nos deixar moldar por Ele. Só Cristo É. Os outros deuses são ídolos, nada são. 

 

 

Juberto Oliveira da Rocha Júnior

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Sobre Louvor

 


Sobre Louvor

 

O Salmo 150 nos ensina sobre louvor:

 

1.     A quem devemos louvar – “Louvai a Deus...” – Devemos louvar só ao único Deus verdadeiro;

 

2.     Onde louvar – “...no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder”. - Devemos louvar ao Senhor na terra e no céu, ou seja, em todo lugar;

 

3.     Por que louvá-lo – “Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza”. – Por Seus atos e por quem Ele é;

 

4.     Como louvá-lo – “Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes”.  Devemos louvar com tudo o que temos, somos e todo o nosso ser;

 

5.     E quem deve louvar – “Todo ser que respira louve ao SENHOR.” – Todos devemos louvar. Todos os seres devem louvar.

 

Assim sendo, vamos louvar!

 

Aleluia!

 

 

 

Juberto Oliveira da Rocha Júnior

Conselheiro Pena (MG), 0 de novembro de 2023

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Se...

 


Se...

 

            “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. Essa frase é um comentário de Jean Paul Sartre a uma passagem do romance “Os Irmãos Karamazov” de Dostoievski, e diz respeito ao problema filosófico da relação entre moral e religião. Se Deus não existisse, nada seria permitido, pois nada existiria. Entretanto, supondo (uma suposição fantasiosa, inconcebível) que o mundo existisse e Deus não... Se isso fosse possível. E, supondo que o homem pudesse chegar as compreensões que chegou sem Deus... Algo absolutamente impossível sem a imagem de Deus em nós. Então, tudo seria permitido.

            O homem não desenvolveu um senso moral. Ele o recebeu de Deus. O homem não criou a religião para manter parâmetros morais. Ele busca a religião porque Deus existe e o homem precisa dEle. O homem tem gravado em si as marcas, as digitais de Deus e, por isso, busca alcançá-lo. Nem sempre o faz da maneira certa e muitos o buscam em deuses que o coração inventa. Deus colocou princípios morais no homem. Esses princípios são parte da imagem de Deus como a qual o homem foi criado.

            A religião sem a existência real de Deus jamais criaria uma humanidade com princípios morais. Homens tentam criar religiões num esforço particular de alcançar a Deus. Deviam se abrir para que o Senhor se achegue a eles, e assim seriam transformados. É a inversão dessa última afirmação que leva o homem a construção de religiões que, cheias de devaneios, acabam sendo merecedoras de críticas.

            Sartre foi um pensador. Isso não quer dizer que tenha caminhado pelas considerações corretas. Seu comentário era oposto ao que Dostoievski expressou. Dostoievski também escreveu que “Há no Homem um vazio do tamanho de Deus”. Tal vazio só pode ser preenchido por Deus: o Deus verdadeiro revelado na Bíblia Sagrada. Uma grande parcela da sociedade tenta ignorar a existência de Deus para assim se entregar a todos os prazeres, pecados e devassidão. Pensam que, se puderem fazer livremente tudo o que desejar seu coração, serão plenos e felizes. E cada vez mais se tornam mais vazios, destituídos de propósito e razão para viver. Em virtude disso, tornam-se mais depressivos, desesperados, ansiosos, escravos dos vícios, devassos, descontrolados... Caminham na direção errada. Não sem razão, quando um homem se volta para Deus, chamamos isso de conversão. Só há razão, propósito, alegria, sentido, preenchimento, esperança em Deus, na aceitação da pessoa e obra de Seu Filho Jesus.

            Só há princípios morais porque somos regidos por Deus, que é maior que a moral, transcende a moral, e que nos criou com senso moral. Sem Ele só haveria o caos e a nossa extinção em virtude do coração enganoso do homem. Ateísmo, existencialismo e “progressismo” são a sentença de condenação do homem à morte e da sociedade à derrocada final.

            Deus existe! É o Criador e Sustentador de todo o Universo! É o Governante da história e levará seu povo à eternidade gloriosa! Só Nele há esperança para hoje e para sempre!

 

 

Juberto Oliveira da Rocha Júnior é pastor da Igreja Presbiteriana Simonton – IPB – Conselheiro Pena.