terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A Toalha de Mesa

(Uma historia real, contada pelo Pastor Rob Reid)


Um novo Pastor, recentemente formado, e sua esposa, foram encarregados de reabrir uma Igreja no bairro de Brooklyn, NY. Chegaram no início de outubro, entusiasmados com a oportunidade. Quando viram a Igreja, observaram que havia muitos estragos e um grande trabalho a ser feito. Sem se deixar abater, estabeleceram como meta deixar tudo pronto para o primeiro serviço: o culto de Natal.
Trabalharam sem descanso, consertando o telhado, refazendo o piso, pintando, e, muito antes do Natal, em 18 de dezembro, tudo estava pronto! Mas, no dia seguinte, 19 de dezembro, desabou uma terrível tempestade que durou por dois dias.
No dia 21, o Pastor foi até a Igreja. Seu coração doeu. Viu que o telhado tinha quebrado e que uma grande área do revestimento de gesso decorado, da parede do santuário, logo atrás do púlpito, havia caído.
O Pastor, enquanto limpava o chão, pensava em como resolver a situação. No caminho de casa, pensando até em adiar o culto de Natal, observava as vitrines, enfeitadas para a época, quando notou um bazar beneficente e parou por instantes. Uma linda toalha de mesa, de crochê, na cor marfim, com uma cruz delicadamente bordado no centro. Chamou-lhe a atenção. Era do tamanho exato para cobrir o estrago atrás do púlpito. Comprou-a e voltou em direção à Igreja.
No caminho de volta, começou a nevar. O Pastor apressou seus passos e quando chegava à porta da Igreja observou uma velha senhora que vinha correndo em direção contrária tentando pegar o ônibus. Devido à sua idade avançada, não foi possível, para velha senhora, realizar seu objetivo. O Pastor, então, convidou-a a entrar e esperar pelo próximo ônibus, abrigando-se, assim, do frio. Ela sentou-se num banco e nem prestava atenção no Pastor que já providenciava a instalação da toalha de mesa na parede. Terminada a tarefa, o Pastor afastou-se e pôde admirar o quanto a toalha era linda e servia perfeitamente para esconder o estrago causado pela tempestade. O Pastor notou a velha senhora encaminhando-se para ele. Seu rosto estava transfigurado. Ela parou à sua frente e perguntou:
- Pastor, onde o senhor encontrou essa toalha de mesa?
O pastor contou a história e a mulher pediu-lhe que examinasse o canto direito inferior para encontrar as iniciais EBG, bordadas. O pastor fez o que a mulher pediu e, intrigado, confirmou a existência das iniciais.
- Essas são as minhas iniciais, disse a velha senhora. - Eu bordei essa toalha de mesa há 35 anos, na Áustria. Sabe Pastor, antes da guerra, eu e meu marido éramos pessoas de posses e felizes. Quando os nazistas invadiram meu país combinamos fugir. Eu iria antes e meu marido me seguiria uma semana depois. Contudo fui capturada, trancada numa prisão e nunca mais vi meu marido nem minha casa. O Pastor ofereceu-lhe a toalha de volta, mas ela recusou, dizendo que estava num lugar muito apropriado. Então o Pastor ofereceu-se para levá-la até sua casa. Era o mínimo que poderia fazer. Ela morava em Staten Island e tinha passado o dia no Brooklin executando um serviço de faxina.
No dia de Natal a igreja estava cheia. Foi um lindo trabalho. Ao final, o Pastor e sua esposa cumprimentaram os fiéis um a um à porta da Igreja. Muitos deles diziam que retornariam. Apenas um velho homem, permaneceu sentado, atônito. O pastor aproximou-se e antes que dissesse palavra, o velho perguntou:
- Onde o senhor conseguiu a toalha de mesa da parede? Ela é idêntica à que minha mulher fez muitos anos atrás, quando vivíamos na Áustria, antes da guerra. Como poderiam existir duas toalhas tão parecidas?
Imediatamente, o pastor entendeu o que tinha acontecido e convidou:
- Venha... eu vou levá-lo a um lugar que o senhor vai gostar muito.
No caminho o velho contou a mesma história da mulher. Ele, antes de poder fugir, também havia sido preso e nunca mais pôde ver sua mulher e sua casa, por 35 anos. Ao chegar à mesma casa onde deixara a mulher, três dias antes, ajudou o velho a subir os três lances de escadas e bateu à porta. O que se seguiu é possível de se imaginar. Nada acontece por acaso!

O CHEQUE

Era uma vez, um rapaz que ia muito mau na escola. Suas notas e o comportamento eram uma decepção, mas seus pais sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido.
Um belo dia. o bom pai lhe propôs um acordo: Se você, meu filho, mudar o comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular para a Faculdade de Medicina lhe darei então um carro de presente.
Por causa do carro o rapaz, mudou da água para o vinho. Passou a estudar como nunca e a ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação. Sabia que a mudança do rapaz, não era fruto de uma conversão sincera, mas apenas do interesse em obter o automóvel. Isso era mau!
O rapaz seguia os estudos e aguardava o resultado de seus esforços.
Assim, o grande dia chegou! Fora aprovado no vestibular para o curso de Medicina.
Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz tinha por certo que na festa o pai lhe daria o automóvel. Quando pediu a palavra, o pai elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou às mãos uma caixa de presente. Crendo que ali estavam as chaves do carro, o rapaz abriu emocionado o pacote. Para sua surpresa, o presente era uma Bíblia. O rapaz ficou visivelmente decepcionado e nada disse.
A partir daquele dia, o silêncio separava pai e filho. O jovem se sentia traído e agora, lutava para ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus da Universidade. Raramente mandava noticias à família.
O tempo passou, ele se forma, consegue um bom emprego em um bom hospital e se esqueceu completamente do pai. Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão. Até que um dia o velho já fraco e muito entristecido. Faleceu.
Após o enterro, o filho, indiferente, de volta à sua casa resolveu olhar aquela Bíblia que tinha sido o último presente do pai. Notou que havia um envelope dentro dela. Ao abri-lo encontrou uma carta e um cheque. Na carta dizia:
"Meu querido filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para que você escolha aquele que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: A Bíblia Sagrada. Nela aprenderás o Amor de Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever da consciência."
Corroído de remorso, o filho caiu num profundo pranto.
Como é triste a vida dos que não sabem perdoar. Isto leva a erros terríveis e a um fim ainda pior. Antes que seja tarde caro amigo, perdoe aquele a quem você pensa ter lhe feito mal. Talvez se olhar com cuidado vai ver que há também um cheque escondido em todas as adversidades da vida.
"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós"
(Mateus 7. 1 e 2)

Fé e Razão

Um lavrador, cristão convicto, foi convidado a uma festa na cidade grande.
Ao chegar no local, ficou impressionado com a beleza dos enfeites e com a quantidade dos alimentos disponíveis. Tudo parecia tão sofisticado para ele.
Ao iniciar o Buffet, as pessoas dirigiam-se rapidamente para o local e se serviam sem constrangimento. Serviram-se todos.
À mesa, antes de iniciar a refeição, o humilde lavrador colocou as mãos postas e deu graças a Deus pelo alimento. Um casal a sua frente, tentando ridicularizá-lo, perguntou-lhe:
“Na roça, ainda se faz assim antes das refeições”?
Ao que ouviram do matuto:
“Bem, nem todos. No meu curral quando solto as vacas para o pasto elas saem imediatamente pastando, sem qualquer cerimônia, o mesmo acontece com meus porcos e seus leitões, quando são servidos vão direto ao cocho”.
Ter um coração agradecido e expressar esta gratidão onde estiver, é sobretudo uma atitude de fé, não de tradição e costume. Só tem o privilégio de ter fé quem tem razão. Nenhum animal irracional tem capacidade de crer. Para nós seres humanos não ter fé é mais do que não ter costumes, é não ter razão.


(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Igreja Perseguida - Missão Portas Abertas

O QUE OS PAIS CRISTÃOS DEVEM SABER SOBRE BATISMO INFANTIL

John P. Sartelle
Introdução:
Ritual Sem Realidade
Estive na grande catedral em Cidade do México. Embora não fosse domingo, o edifício enorme estava cheio de gente. Duas filas, aparentemente sem fim, avançavam ao longo dos corredores principais do santuário espaçoso. Delas vinham um coro ininterrupto de vozes. Cada fila era formada por casais que levam seus filhos. Centenas de bebês competiam para ver quem podia chorar mais alto! Enquanto o coro infantil ecoava pelas paredes da catedral, um casal passava rapidamente diante de um bispo no final de cada corredor. O bispo dizia algumas palavras e borrifava água sobre o bebê. Então o casal andava novamente e dava lugar à orgulhosa família seguinte. Assim o processo continuou dia a dentro enquanto visitantes, religiosos, paroquianos e casais iam e vinham.
A maioria de nós tem observado, por vezes, tipos semelhantes de cerimônias religiosas vazias. Um evento que deveria ter grande importância e significado termina sendo um ritual sem sentido, praticado somente em função do hábito. Há pessoas tão acostumadas a isto, que podem fluentemente recitar o Credo dos Apóstolos enquanto anotam a agenda para as reuniões de negócios da manhã de terça-feira!
Eu não posso me lembrar de outras coisas que tenha visto naquele dia na Cidade do México, mas a procissão ininterrupta de casais com seus bebês ficou em minha mente como um monumento - um monumento composto de pessoas que se apressam por um significante exercício religioso sem entendê-lo. Elas satisfazem suas aspirações espirituais com um ritual sem realidade.
Vamos fazer uma aposta: Se tivéssemos entrevistado todos os casais enquanto eles saíam da catedral naquele dia, quantos poderiam abrir a Bíblia e nos explicar por que estavam batizando seus filhos? Você apostaria que todos poderiam? Você apostaria que a maioria poderia? Se você conhece essa situação, você apostaria que bem poucos, ou quem sabe nenhum dos casais realmente poderia explicar o ensino bíblico quanto ao batismo infantil.
Mas como um protestante, não ouso criticar os católicos mexicanos no que se refere à prática de uma cerimônia religiosa sem a sua devida compreensão. Quantos bebês são batizados todos os anos em nosso país em igrejas presbiterianas, luteranas, metodistas, reformadas e independentes? Da mesma maneira que aquela procissão sem fim marchava pelos corredores da catedral da Cidade do México, assim inúmeros casais se apresentam perante os púlpitos de nossas igrejas protestantes para batizar os seus filhos. Se entrevistássemos todos os casais protestantes que batizaram seus filhos no ano passado, quantos poderiam abrir a Bíblia e explicar o que isso significou? Quantos poderiam fazer justiça ao ensino bíblico básico relativo ao batismo de crianças? O que disse Jesus? - Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão (Mt 7:3-5).
Você batizou seu filho ou filhos, ou você está prestes apresentá-los para que recebam este sinal visível de tão preciosa graça invisível? Nesse caso, você poderia abrir sua Bíblia e explicar o que Deus diz sobre isso? Você poderia apresentar o que a Bíblia ensina quanto ao batismo de crianças?
É sobre isso que trataremos. Não é para o pastor "graduado em Teologia" com três graus atrelados ao seu nome. É para as pessoas que se assentam nos bancos que não querem participar de uma cerimônia vazia; é para o membro da igreja que quer deixar o culto no domingo podendo explicar cada aspecto dessa fé.
1- Circuncisão, Uma Grande Hereança
Começamos nosso estudo com o caráter de Abraão, no Antigo Testamento. Talvez você esteja pensando, "O que tem a história antiga a ver comigo? Eu sou um crente do Novo Testamento". A resposta é que todos os ensinos do Novo Testamento têm suas raízes pedagógicas no Antigo Testamento.
Eu tenho um amigo que tem quinhentos pés de rosas no quintal. É desnecessário dizer que ele sabe muito sobre rosas. Mas nem sequer ele pode descrever a formação de uma flor sem levar em conta suas raízes e talo - é onde a história botânica da flor começa. Assim é a Bíblia. Toda doutrina evangélica tem suas raízes no Antigo Testamento. Se você quer entender a doutrina do pecado, você tem que começar com Gênesis. Ou se você quiser entender a beleza dolorosa da Cruz, você terá que ler o Pentateuco e os Profetas. Igualmente, se você deseja saber aquilo que Bíblia ensina sobre o batismo de crianças, você tem que começar no Antigo Testamento.
Deus salvou Abraão. Em romanos 4, Paulo explica que a salvação de Abraão foi pela graça de Deus por meio da fé. Lemos no Antigo e no Novo Testamento, "Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça"/“Vem, pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça (Gn. 15:6; Rm. 4:9). Assim, Abraão é nossa contrapartida do Antigo Testamento. Da mesma maneira que somos pecadores salvos pela graça, por meio da fé, ele era um pecador salvo pela graça, por meio da fé.
Em Gênesis 17:7, Deus chama esta relação salvadora de "aliança perpétua" - uma aliança de salvação de geração para geração. O Deus poderoso veio até as criaturas pecadoras para fazer uma aliança. Deus deu a Abraão um sinal ou símbolo para marcar aquele relacionamento pactual. Ele disse que Abraão devia ser circuncidado, e esta circuncisão era um sinal da aliança da salvação: "Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós" (Gn. 17:11).
Agora, isto não é difícil de entender. Quando um homem e uma mulher se casam, eles fazem uma aliança e dão um ao outro um anel, como um sinal da aliança que fizeram. Quando eu olho o anel na mão esquerda da minha esposa, ele me lembra a aliança que fiz com ela. O anel é mais que um pedaço de jóia decorativo; é um símbolo do maior penhor que eu posso fazer a outro ser humano.
Da mesma maneira, circuncisão era um sinal da salvação de Deus para Abraão. Por que Deus escolheu circuncisão? Temos que admitir que esta é uma escolha incomum para um sinal. Embora não possamos responder à pergunta completamente, podemos dizer que a circuncisão provavelmente representava limpeza. Em Isaías 52:1, as palavras "incircunciso" e "imundo" são sinônimas. Assim, podemos dizer seguramente que Deus usou um sinal externo de limpeza para denotar limpeza espiritual interna (Dt. 30:6).
Quando um adulto de fora de Israel tornava-se um crente, ele devia ser circuncidado. Se sua casa estivesse na África do Norte e você não tivesse nascido de uma família judia, quando você viesse a crer no Deus de Abraão você seria circuncidado (Ex. 12:48).
Passagens no Antigo Testamento identificam esse símbolo com o que ele simboliza de tal forma que Deus, às vezes, usa a palavra “circuncisão” no sentido de “salvação”. A pessoa ou comunidade salva é chamada "circuncidada"; a pessoa ou comunidade não salva é chamada "incircuncidada" (Is. 52:1; Ez. 44:9; I Sm. 14:6).
Isso é feito tão freqüentemente que somos compelidos a perguntar se circuncisão salva a pessoa. A resposta é um ressonante Não! O argumento da primeira parte de Romanos 4 é que Abraão foi salvo pela fé, não pela circuncisão. Mas ainda temos que enfatizar que Deus estabeleceu a circuncisão como um sinal da salvação: "... E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé" (Rm. 4:11).
Você provavelmente está pensando, "Onde isso leva? Se a circuncisão era o sinal de salvação no Antigo Testamento. O que significa isso para mim? "
Se você continuar lendo Gênesis 17, você achará um extraordinário mandamento. Deus manda Abraão aplicar este sinal de salvação às crianças nascidas em sua casa. Isto está surpreendendo no, Século XX, ouvidos evangélicos. Como o sinal de salvação podia ser aplicado a uma criança que ainda não tinha crido? Mas aí está: "O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua estirpe" (Gn. 17:12).
Depois consideraremos por que Deus deu este mandamento. Mas agora, eu só quero que saibamos inequivocamente que:
• Abraão foi um pecador salvo pela graça por meio da fé.
• Deus estabeleceu a circuncisão como um sinal de salvação.
• O sinal de salvação seria aplicado às crianças filhas de pais crentes.
Se tivéssemos vivido no período do Antigo Testamento, como pais crentes, teríamos circuncidado nossas crianças. Teríamos, assim, aplicado o sinal de salvação às nossas crianças. Depois de se tornarem adultos, eles poderiam ser questionados por um novo convertido sobre quando eles tinham sido circuncidados. Nossos filhos teriam respondido que foram circuncidados quando crianças. Sem dúvida, o novo convertido teria respondido felizmente: "que grande herança!”
2 - Batismo, um Novo Sinal
Alguns homens governam com tal autoridade que suas palavras são atendidas mesmo depois que morrem. Mas de quantos os mandamentos continuam a ser obedecidos depois de dois mil anos? Jesus, porém, falou com tal autoridade que o tempo não diminuiu a força das Suas ordens.
Quando um homem é batizado hoje, ele está obedecendo a um mandamento dado há quase dois mil anos. Jesus disse aos Seus discípulos para fazer outros discípulos e os batizar (Mt. 28:19). Eles tomaram Suas palavras como diretriz. Assim, quando Pedro apresentou seu primeiro sermão e três mil pessoas creram, imediatamente os apóstolos começaram a batizá-las. Por quê? Porque isso é o que Jesus disse para fazer. Se um homem fosse convertido no meio da noite, ele seria batizado (At 16:33). Se no deserto, seria batizado lá mesmo (At 8:26-40). Se tivéssemos vivido naqueles dias, que batismos estranhos teríamos observado!
Como uma pessoa é batizada? É aplicada água ao indivíduo. Não debateremos aqui se a água deveria ser aspergida ou derramada sobre a pessoa, ou se o batizando devia ser imergido na água. Mas podemos dizer, com segurança, que é aplicada água de algum modo à pessoa. Mas há mais a dizer. A aplicação de água no batismo não é um banho de sábado à noite ou o lavar das mãos após trabalhar no carro. O batismo tem que ver com a relação de um homem com Deus. Você pode ter água aplicada a seu corpo cada dia de sua vida (no chuveiro, nos banhos, lavando as mãos, nadando, mergulhando, surfando, andando na chuva, lavando pratos, etc.) e ainda não ter sido batizado. No batismo bíblico, a água é aplicada à pessoa " em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo " (Mt. 28:19). Assim, Deus usa um símbolo externo para denotar uma realidade espiritual interna. Como a circuncisão, o batismo também é um sinal.
Podemos entender facilmente por que Deus escolheu água. É um agente universal de limpeza. Ninguém esperaria pó, folhas, ou sucos de fruta para significar limpeza. Essas coisas não são usadas para limpar nossos corpos. Mas a água é diária e mundialmente usada como um agente de limpeza. Então, Deus escolheu este limpador universal para ser um sinal da limpeza espiritual.
O batismo indica que foram removidas as manchas de pecado do coração: "E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele" (At 22:16).
O batismo também é um sinal da purificação recebida no novo nascimento: "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo," (Tt 3:5). Quando nascemos novamente (somos regenerados), morremos para o pecado, e quando crescemos em nossa nova vida, vivemos mais e mais em retidão - nossa vida é limpada! Batismo é um sinal disso.
O batismo significa colocar à parte para uma vida santa. Da mesma maneira que utensílios e pessoas foram ungidos com água ou óleo no Antigo Testamento quando eram colocadas à parte para o uso santo, assim pelo batismo a pessoa é ungida e reservada para ser santa.
O sinal de batismo é identificado tão intimamente com a salvação no Novo Testamento que somos forçados a perguntar se o batismo salva a pessoa. Leia estas duas passagens:
• Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes (Gl 3:27).
• E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele (At 22:16).
Se tivéssemos somente estes versículos, pensaríamos que o batismo salva. Há denominações que ensinam isso hoje. Mas o batismo com água é um sinal que representa uma realidade, mas não é a própria realidade. Efésios 2:8-9 nos fala que somos salvos pela graça, não por obras de justiça; e em Romanos 4, já vimos Paulo refutando esses que diziam que o sinal salva. Temos que dizer firmemente, “nossos pecados são lavados pelo sangue de Cristo, e nossa vida torna-se santa pelo novo nascimento”. O batismo é um sinal externo dessa obra interna da salvação.
À luz desse fato, os versos seguintes podem parecer surpreendentes. Quando alguém se convertia, não só essa pessoa era batizada como a sua família também o era. Lídia, uma empresária de Tiatira, creu no Evangelho, e Paulo batizou tanto a ela quanto à sua casa. O escritor sai do seu estilo para chamar atenção para à casa dela (At 16:15). Igualmente, um anônimo carcereiro de Filipos creu, e foram batizadas ele e a casa dele (At 16:33-34). E em I Coríntios, Paulo, falando de batizar certos indivíduos, menciona que batizou a casa de Estéfanas (I Cor. 1:16).
Alguns têm dito que não podemos provar que havia crianças nessas casas. Porém, assumir que estas casas, junto com as outras casas batizadas na área mediterrânea inteira, não tinham nenhuma criança é uma presunção que beira o preconceito. Podemos dizer que os batismos domésticos mencionados foram somente aqueles que em cada caso os convertidos não tinham crianças e que seus servos também não tinham crianças?
Quando o Evangelho do Novo Testamento começou a influenciar o mundo, quando Paulo e Pedro lideravam as pregações, a mensagem deles não era menos graciosa e abrangente que a mensagem de salvação de Abraão em Gênesis 17. Havia um novo sinal, mas os pais crentes tinham a mesma responsabilidade e bênção que Abraão. Eles batizavam suas crianças como uma grande herança, como Isaque.
3 - Circuncisão, Sinal Cumprido Pelo Batismo
Deus sempre termina o que Ele começa. Ele cumpre os Seus votos, cumpre Suas promessas, e nenhuma delas se perde. Eu vi uma mensagem incomum recentemente na camiseta de um jovem: "Seja paciente; Deus ainda não concluiu Sua obra em mim". Com que freqüência sentimos desse modo. Um dia nosso Senhor retornará, e seremos transformados. Nenhum vestígio de pecado permanecerá em nós. Deus completará Sua obra salvadora.
Quando olhamos a vida de Jesus, O vemos completando e cumprindo muitos votos e promessas do Antigo Testamento. Muitos de nós erramos pensando que Cristo contradisse ensinos do Antigo Testamento. O Seu Sermão do Monte foi, de fato, a maior mensagem apresentada sobre a Lei e os Profetas. Como Cristo vê a Si próprio e o Seu ministério em relação ao Antigo Testamento?
• Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra (Mt 5:17-18).
Longe de negar ou contradizer o Antigo Testamento, Ele completa-o e cumpre-o. Embora algumas de Suas obras ainda não tenham sido completadas, muito delas foi completamente realizado em Sua vida, morte, e ressurreição.
Foram oferecidos sacrifícios continuamente ao longo do Antigo Testamento, mas quando Jesus como o Cordeiro de Deus foi oferecido no Calvário, todos os sacrifícios chegaram ao fim. Os sacrifícios animais eram símbolos de Cristo e apontavam para diante, para Ele. Quando Ele veio e morreu pelo nosso pecado, não havia mais qualquer necessidade de oferecimento de animais.
Na noite da Páscoa, quando os judeus se lembravam de como Deus livrou-os do anjo da morte, eles comiam o cordeiro da Páscoa. A véspera da morte de Cristo deu-se em uma dessas ocasiões e Ele comeu o cordeiro simbólico com os Seus discípulos. Depois da ceia Ele lhes deu o pão e disse que isso representava o Seu corpo partido por eles, e o vinho, representando o Seu sangue derramado por eles. Da mesma maneira que eles comeram o cordeiro da Páscoa no Antigo Testamento, agora eles participavam do Cordeiro de Deus oferecido pelos pecados deles. Assim, a Ceia de Senhor cumpriu e tomou o lugar da Ceia da Páscoa.
Exatamente do mesmo modo, o batismo toma o lugar da circuncisão como o sinal de salvação.
Considere as seguintes três perguntas à luz dos capítulos precedentes:
1. Quando uma pessoa cria no Deus de Abraão e confiava nEle no Antigo Testamento, o que acontecia? Ele era circuncidado.
2. Qual era o símbolo externo que representava o coração limpo no Antigo Testamento? Circuncisão.
3. Qual era o sinal externo que marcava a entrada de uma pessoa na comunidade de crentes do Antigo Testamento? Circuncisão.
Agora, deixe-me fazer as mesmas perguntas substituindo as palavras "Antigo Testamento " por " Novo Testamento ":
1. Quando uma pessoa cria no Deus de Abraão e confiava nEle no Novo Testamento, o que acontecia? Ele era batizado.
2. Qual era o símbolo externo que representava o coração limpo no Novo Testamento? Batismo.
3. Qual era o sinal externo que marcava a entrada de uma pessoa na comunidade de crentes do Novo Testamento? Batismo.
Essa é a razão por que eu não visito o hospital e tenho um serviço de circuncisão para bebês recém-nascidos em nossa congregação. Eu deixo isso para os médicos, porque já não é mais um sinal de salvação. E é por isso que não circuncidamos adultos que são convertidos a Cristo. O batismo é o cumprimento da circuncisão.
Paulo explicou isso aos gentios convertidos em Colossos. Alguns judeus estavam dizendo aos novos convertidos que eles precisariam ser circuncidados porque isso era o sinal da salvação. Considerando que os convertidos não vinham de uma comunidade judaica, eles nunca tinham sido circuncidados. Uma grande controvérsia surgiu entre eles - na verdade em toda a Igreja Mediterrânea. Note o que Paulo escreveu a estes novos e débeis discípulos de Cristo:
• ...Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos - (Cl 2:11-12).
Embora eles não tivessem sido circuncidados exteriormente. Paulo afirmou que eles tinham sofrido uma circuncisão " não feita com mãos " realmente. Em outras palavras, a deles foi uma circuncisão simbólica. Como? Quando eles receberam isto? Quando eles foram batizados. Paulo disse, com efeito, "Vocês não entendem que eu os batizei como um sinal da salvação? Então, vocês não precisam de circuncisão ".
Não é estranho que o batismo seja o cumprimento da circuncisão. Todas as doutrinas ensinadas no Novo Testamento têm suas raízes no Antigo. Somos levados às lágrimas quando contemplamos a beleza e a unidade das Escrituras, quando vemos Arão sacrificando os cordeiros e então vemos Jesus sendo sacrificado no Calvário, punido por Deus pelos nossos pecados. Sentimos uma afinidade com Josué quando vemos sua família junta para comer o cordeiro da Páscoa no antigo Israel, e nos juntamos para participar do corpo e do sangue do cordeiro de Deus no Novo Israel. Mas o mais precioso é que Deus mantém uma bênção que Ele deu ao Seu povo na antigüidade. Nós seguimos nos passos de Abraão, que circuncidou a Isaque, quando trazemos nossas crianças para serem batizadas.
4 - Deus e a Família do Antigo Testamento
Quando Caim nasceu, ninguém teve que lhe ensinar a mentir, a ser egoísta, ou a desobedecer os pais. Como todos nós, ele chegou a isso naturalmente. Embora possa não parecer para muitos de nós, isso tem um enorme significado.
Você vê, Adão foi criado perfeito. Ele não tinha nenhuma inclinação natural para pecado. Ele era livre, de um modo que ninguém depois dele jamais foi.
Depois que Adão cometeu o primeiro pecado, tudo mudou. A sua natureza caída passou a ser propensa a pecar. A sua própria essência produzia pensamentos e ações pecaminosos. Os filhos dele nasceram com a natureza que ele possuía antes da queda, ou herdariam a natureza pecaminosa dos pais? Caim respondeu a pergunta. Todos os filhos de Adão levam a sua marca. Não é como se nós nascêssemos neutros e então pulássemos para um lado ou para o outro. Também não nascemos inocentes e somos atraídos para o mal pelas influências do mundo. Nós nascemos com a natureza pecaminosa, e embora o mundo possa nos tentar a pecar em alguns modos específicos, nosso pecado flui de nosso próprio coração. Vejam o que Paulo diz de nossa relação com Adão em Romanos 5:
• Se pela transgressão de um, muitos morreram... (v.15).
• Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para... (v. 18).
• Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores... (v.19).
Adão era nosso representante. Ele falhou, e assim nós nascemos com a marca do seu fracasso.
Tudo isso pode ir contra o cerne de sua natureza independente, mas não há qualquer dúvida quanto ao fato de ser este o ensino da Bíblia. Eu fiquei bravo a primeira vez que ouvi isso, mas eu não pude negar a acusação clara da Bíblia quanto à minha natureza. Queremos dizer, " Isso não é justo! Por que deveríamos nascer pecadores só porque Adão pecou? " Mas prestemos melhor atenção às palavras de Paulo aos Romanos 11:33-34:
• Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?
Paulo nos diz que Deus é tão profundo em seu conhecimento e sabedoria que Sua mente não pode ser medida, e que nós não podemos pensar em aconselhá-Lo. Também, temos que considerar que se Deus tivesse empregado a nossa idéia de justiça, Ele teria destruído Adão e Eva simplesmente pelo pecado deles, e nossa raça não teria existido! Então, quando somos perguntados por que nascemos com natureza pecaminosa, respondemos com a cabeça e o coração curvados perante um Deus justo e misericordioso: "Porque somos os filhos de Adão".
Até agora, provavelmente, você esteja desejando saber o que tudo isso tem a ver com o batismo infantil. No Seu tratamento com Adão, Deus nos deu um exemplo do modo que Ele geralmente lidaria com todos os homens. Ao longo das Escrituras vemos Deus aplicando Sua graça e julgamento através de famílias.
Em Gênesis 6, Noé recebeu graça do Senhor. Embora Deus fosse destruir o mundo com o dilúvio, Ele escolheu salvar Noé. O verso 8 é muito claro: "Porém Noé achou graça diante do SENHOR". Mas quando a arca achou-se sobre as águas, Noé estava sozinho com os animais? Não, Deus o dirigiu a levar a sua esposa, três filhos e as respectivas esposas. Ele poderia ter excluído a família de Noé facilmente, mas Deus sempre teve uma consideração especial para com as famílias de Seu povo.
Em Gênesis 17:7, Deus fez uma aliança de salvação com Abraão. Ele disse a Abraão que a aliança era não só para ele, mas para os filhos dele, netos, bisnetos, e assim por diante. Esteja seguro de que você entende isto. Estes filhos não tinham nascido e não tinham expressado nenhuma fé; contudo Deus estava prometendo lidar de um modo especial com eles. Deus não estava predizendo o futuro simplesmente. Esta não era uma profecia preditiva - era uma aliança. Deus tratou Abraão meramente como um indivíduo? Não, Ele entrou em uma aliança com a família de Abraão.
Quatrocentos anos depois, a família de Abraão tinha crescido para ser uma grande nação com mais de um milhão de pessoas. Escravizados no Egito, eles oravam a Deus. Os resultados são registrados em Êxodo 2:24-25:
• Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a sua condição.
Por que Deus levou em consideração aqueles escravos? Foi por que eles eram a minoria? Ou por que eles eram melhores que outras pessoas? Ou por que eles foram maltratados? Deus teve consideração por eles porque eram os filhos de Abraão. Deus tem uma consideração especial com os filhos de Seu povo.
Considere as palavras surpreendentes de I Reis 11:11-12:
• Por isso, disse o SENHOR a Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu servo. Contudo, não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o tirarei.
Salomão havia transgredido seriamente a vontade de Deus. O seu reino seria dividido por causa do seu pecado, mas o Senhor não faria isso durante a vida de Salomão, porque ele era o filho de Davi. Davi tinha morrido pouco tempo antes, e Deus ainda tratou Salomão com consideração especial por causa do seu pai.
Podemos começar a ver agora por que Deus estabeleceu que o sinal da aliança devia ser aplicado às crianças. Os filhos são separados - são especiais para o Senhor.
Mas há outro lado deste ensino. Com lágrimas nos olhos, ouvimos Deus dizer a Israel que os pecados dos pais serão visitados nos filhos:
• ... porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem - (Êx 20:5).
• ... ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração! - (Êx 34:7)
Vimos Deus mostrando favor a Salomão por causa de Davi. Roboão era o filho de Salomão e se tornou o rei. O reino passou por uma guerra civil e se dividiu sob o governo de Roboão; ele estava experimentando o julgamento de Deus por causa dos pecados do seu pai. Lembre-se, Deus disse a Salomão que dividiria o reino durante o governo do seu filho por causa do pecado de Salomão. Pais e mães, se pudéssemos perceber que nossos pecados afetarão nossos filhos profundamente, nós não nos comportaríamos diferentemente?
Mas não devemos terminar o capítulo aí, pois há uma grande bênção neste ensino. Quando Abraão aproximou-se da morte, ele tinha grande conforto por saber que Deus abençoaria a sua linhagem. Deus manteria os seus filhos em um relacionamento especial. Da consideração de Deus pelas famílias de Israel, Davi escreveu:
• Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos (Sl 103:17).
5 -Deus e a Família do Novo Testamento
Exemplos de bênçãos de Deus sobre crianças por causa da fé que seus pais demonstravam não estão limitados ao Antigo Testamento. Temos visto essas bênçãos no Novo Testamento vez após vez, provavelmente sem perceber isso. Aqui estão alguns exemplos:
Mateus 9:18-19, 23-26: A filha de um oficial judeu tinha acabado de morrer. Então, o oficial veio a Jesus e Lhe pediu que restabelecesse a vida dela. Jesus respondeu restabelecendo a vida da filha do homem. Por que? Por causa da fé dela? Não, por causa da fé do pai dela!
Mateus 17:14-18: O pai de um epiléptico pediu que Jesus curasse o seu filho. Como resultado, o menino foi curado.
Lucas 7:11-17: Uma mulher, que tinha perdido o marido, caminhava ao lado do caixão do seu único filho. Vendo a triste procissão, Jesus teve compaixão da mulher. Embora ela não tivesse Lhe pedido nada, Jesus deu vida ao jovem e devolveu um filho à sua mãe. Por que o Jesus restabeleceu a sua vida? Ele favoreceu o filho por causa da mãe!
João 4:46-54: O filho de um oficial da cidade de Cafarnaum estava doente. A enfermidade dele parecia terminal. O pai, lamentando, pediu a Jesus que curasse o seu filho, e Jesus assim o fez sem nem mesmo ir até à casa dele. Jesus teve consideração pelo menino por causa do pai dele.
Em cada um dos casos acima, o filho foi restabelecido por causa do pais.
O registro de uma conversão nas Escrituras que sempre traz um sorriso ao nosso rosto é a do pequeno coletor de imposto de Jericó cujo nome era Zaqueu. Quando Jesus veio para a cidade dele, a multidão era tão grande e Zaqueu era tão pequeno que ele não pôde ver a Jesus. Assim ele subiu em uma árvore, e Jesus tomou conhecimento dele. Ele disse a Zaqueu que descesse porque Ele iria ficar na casa dele. Cumprindo algo que tinha sido estabelecido antes do início dos tempos, nosso Senhor disse a Zaqueu "Hoje veio salvação para esta casa".
Por que Jesus não disse, " Hoje veio salvação para Zaqueu"? Já que Zaqueu, o cabeça da casa, veio à fé, Jesus falou em termos da casa inteira. Em outras palavras, Deus ia abençoar a família inteira porque o cabeça daquela família se tornou Seu filho.
Quando Pedro exortou a multidão no Pentecoste a se arrepender e ser batizada e assim os seus pecados serem perdoados, ele acrescentou:
• Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar (AT 2:39)
Por que Pedro diz "Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos"? Ele sabia que Deus estava prosseguindo em Sua obra da mesma forma que Ele agia no Antigo Testamento. Ele continuaria a ter pelos filhos de Seus filhos especial consideração.
O ponto é novamente destacado em I Coríntios 7:14:
• Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos.
Como os crentes de Corinto tinham vindo de uma cultura pagã, eles enfrentaram problemas que ainda vemos hoje. Um marido se tornava cristão e o seu modo de vida mudava drasticamente. Quando ele compreendia que Cristo governaria cada parte de sua vida, era natural que ele perguntasse se deveria continuar vivendo com uma esposa não cristã.
A resposta de Paulo a essa pergunta é achada em I Coríntios 7. Se a esposa concorda em viver com ele, ele deve ficar com ela. Como Paulo continuou dizendo, a esposa incrédula é santificada pelo marido crente. Isso não significa que ela é salva. O termo grego para "santificar" significa "colocar a parte". Em várias passagens do Novo Testamento esse termo é traduzido por "santo". A vida santa de um cristão é uma vida "separada". Paulo estava dizendo que a esposa é separada - vista de um modo especial - por Deus. Por quê? Porque o marido dela pertence ao povo de Deus.
Quando somos unidos pelo matrimônio, Deus diz que nos tornamos uma única pessoa perante Ele. Paulo explicou que se isto não fosse verdade, nossas filhos não seriam santificados. Ele disse, na verdade, que do mesmo modo que os filhos são vistos de forma especial por causa dos pais, o mesmo princípio se aplica com relação às esposas. Então, por que não batizamos uma esposa incrédula se nós batizamos crianças muito pequenas? Como um adulto, a esposa é responsável pela sua profissão de fé perante o Senhor. Já as crianças são batizadas com base na fé que seus pais demonstram, uma vez que são incapazes de fazer a própria profissão de fé. Contudo, trazem a marca da fé demonstrada pelos pais que invocam para eles o nome do Seu Senhor, em seus primeiros anos.
6 - Responsabilidades de um Lar da Aliança
Pode parecer que tudo que você precisa fazer é ter seu filho batizado, e tudo estará bem. Isso é o que muitos modernos membros de igreja pensam. Eles trazem seus filhos para serem batizados como se isso fosse um seguro contra incêndio. Mas daquele momento em diante você não vê nenhuma diferença entre a família dele e família do vizinho ateu.
Se você e sua esposa não amam um ao outro, como a Bíblia manda; se você não ensina as Escrituras aos seus filhos, se você não os disciplina, como a Palavra de Deus ensina; se você não ora com eles e por eles, diariamente; se Cristo não é o centro de seu lar; então você poderá batizar seus filhos, mas eles crescerão iguais aos filhos do vizinho ateu.
Voltando a Gênesis, onde primeiro lemos que Deus disse a Abraão para pôr um sinal de salvação no seu filho, Deus disse isso em consideração a Abraão:
• Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito (Gn 18:19).
Esse verso fala-nos da responsabilidade de Abraão de ensinar seu filho sobre Deus em cada aspecto de sua vida e do seu lar. Para Abraão, a circuncisão não era nenhum seguro de que Deus salvaria o seu filho automaticamente. Era o sinal de uma aliança em que ele se comprometia a criar o filho dele no Senhor, e que Deus teria consideração especial para com ele.
A Igreja tem que ouvir isso. Embora tenhamos tantos membros de igreja quanto qualquer nação no mundo, nossa sociedade compete em maldade com os países mais incrédulos. Nossos lares, os lares dos membros da igreja, freqüentemente não têm nenhum diferença dos lares não cristãos. Nós cultuamos os prazeres, a conveniência, o clube, o dinheiro, o sucesso, o poder, e prestígio, da mesma maneira que o mundo faz. Nós não oramos em nossos lares mais que qualquer dos nossos vizinhos moralistas. Nós vamos à igreja duas vezes por mês para satisfazer o Senhor, e ainda ficamos chateados se o culto vai além do horário por nós estipulado como o ideal. Nós trabalhamos arduamente para que nossos filhos aprendam matemática, ciência, comércio, futebol, beisebol, tênis, golfe, e futebol, ou talvez balé, música, arte, e teatro. Mas quanto tempo ou esforço é gasto no treinamento religioso de nossos filhos?
Eu não estou escrevendo estas lições para ensinar aos Presbiterianos, Episcopais, Luteranos, e Metodistas o que eles supostamente crêem. Eu estou escrevendo sobre isso porque a única coisa que salvará nosso país é a aplicação do conceito de aliança em cada lar onde os filhos crescem e são educados conforme o ensino bíblico.
Olhe um dos votos que fazemos quando batizamos nossas crianças:
• Vós agora dedicais vosso filho a Deus, e prometeis, em humilde relação de aliança com a graça divina, ser para ele um verdadeiro exemplo de vida cristã, orar com ele e por ele, ensinar-lhe as doutrinas de nossa santa fé, e usar de todos os meios indicados por Deus para trazê-lo à fé e à submissão ao Senhor?
Meu pai é um pastor. Ele faz uma pergunta adicional aos pais que trazem o segundo, o terceiro, o quarto, etc., filhos para ser batizado. Considerando que os pais fizeram um voto antes, ele lhes pergunta: "Tendes cumprido os votos que fizestes perante Deus com relação aos filhos mais velhos já batizados de tal modo que podeis assumir este voto com uma sincera e limpa consciência?” Ele faz essa pergunta ao pai e à mãe diante da congregação inteira! Quando eu trouxe meu segundo e terceiro filhos para serem batizados, ele fez a mesma pergunta para mim. Contudo, de modo nenhum podemos dizer que obedecemos o Senhor perfeitamente neste assunto. Mas a pergunta não é se fomos perfeitos, é se estamos nos esforçando para manter nossos votos como melhor podemos.
Meu pai tem a idéia certa. Precisamos dizer um ao outro, "Vamos parar de nos enganar tolamente a nós mesmos. Estes votos são apenas uma satisfação à sociedade para muitos de nós". Deus pode dizer sobre nós o mesmo que Ele disse de Abraão? Nós "ensinamos nossos filhos e nossa casa depois de nós a manter o caminho do Senhor?” Se não podemos responder sim, não temos nada que trazer nossos filhos para que sejam batizados.
Quando nós, como pais, nos lembramos do sinal de salvação aplicado aos nossos filhos, é um sinal de que fazemos aquilo que Deus disse que deveríamos fazer. Nossos filhos não são propriamente nossos. Deus os deu a nós como Ele deu tudo o mais que temos. Nós somos apenas os mordomos. Assim, nós devemos criar nossos filhos como Deus requer. Caso contrário, nós negamos a propriedade dele.
Deixe-me dirigir um momento a você que é um filho da aliança batizado. A marca de salvação, o sinal da fé paterna, foi aplicada a você. É uma chamada, um mandamento, para você se arrepender do pecado e seguir a Jesus. Se seus pais têm sido fiéis, você tem bênçãos que os filhos do mundo jamais conheceram. Sodoma não teve nenhuma Bíblia, mas a você foi ensinada a Palavra de Deus, seus pais oraram com e por você, tem tido exemplo de vida cristã, e aprendeu a lei e a misericórdia de Deus; se você não vive para o Senhor, um julgamento pior o espera do que o dos filhos que nunca conheceram esta bênção. Seu batismo como uma criança é uma chamada a Cristo por Deus. Se você não atende esse chamado, eu preferia ser o filho de um ateu do que estar em seu lugar! Como o Senhor Jesus disse à cidade de Cafarnaum, que permaneceu impenitente embora Ele tivesse realizado muitos milagres lá, "haverá mais rigor para ti, no dia do julgamento, do que para Sodoma".
Pais, não façam votos ao Senhor apenas para dar uma satisfação à sociedade. Imagine, comparecer perante o Deus vivo com palavras que não representam nada para você, exceto o cumprimento de um costume social! Se você fizer isso, o sangue de seus filhos estará sobre a sua própria cabeça.
7 - Resumo
Por que você batizou seu filho, ou por que você deseja batizá-lo?
A Bíblia ensina que o sinal de salvação é aplicado às crianças filhas de pais crentes. No Antigo Testamento, circuncisão era o sinal. No Novo Testamento, batismo é o sinal. O batismo de nossas crianças simboliza a realidade de que elas são separadas aos olhos de Deus. Neste batismo, pais que vivem na aliança se comprometem a criar seus filhos conforme a diretriz do Senhor. O batismo chama as crianças, nos seus primeiros dias, a confessar a Cristo como Salvador.
É Deus quem iniciou, estabeleceu os termos, e selou a Sua aliança com o Seu povo. Ele graciosamente Se compromete a cumprir as promessas da Sua Palavra. E Ele chama os Seus filhos e os filhos dos seus filhos para manter a aliança e conhecer a Sua bênção de geração para geração.




O autor é pastor da Independent Presbyterian Church in Memphis - TN.

O BATISMO DA ALIANÇA

Peter Bloomfield*

O título deste estudo foi escolhido de propósito. Muitas palavras inúteis têm sido trocadas entre presbiterianos e batistas tratando de assuntos que são secundários, como “batismo infantil” e “batismo de crentes”. Ninguém deveria se satisfazer com estes títulos - eles não descrevem aquilo que qualquer desses grupos deseja defender. O presbiteriano não quer defender o batismo de crianças: ele quer defender o batismo de algumas crianças (i.e., as crianças da Aliança). O batista não quer defender o batismo só de crentes (pois, ele nunca poderia estar seguro de que o são); ele quer, isto sim, defender o batismo de crentes professos; i.e., esses que, por uma profissão de fé digna de crédito, pertencem à Aliança. Assim, ambos estão, na verdade, falando de um mesmo assunto, ou seja, da Aliança e do Batismo da Aliança. Abrindo esta questão, há três áreas importantes:
1. A Continuidade da Aliança.
2. A Continuidade da Igreja.
3. A Continuidade do Sinal.
1. A CONTINUIDADE DA ALIANÇA
Em todos os tempos só tem havido uma única Aliança salvadora entre Deus e os pecadores. É chamada Aliança da Graça (ou Pacto da Graça), ou, Aliança Abraâmica (ou Pacto Abraâmico). Nós lemos sobre sua origem em Gen. 17. Deus, em Sua misericórdia, veio a Abraão (um homem pecador como todos os demais; caldeu, de origem pagã idólatra) e lhe deu uma promessa. Abraão creu em Deus crendo em Sua palavra e Deus o declarou justo. Qual era a essência dessa promessa pactual em que Abraão creu? Era uma promessa de união e comunhão com Deus para Abraão e para os seus descendentes, depois dele. “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, como aliança perpétua, PARA SER O TEU DEUS, E DA TUA DESCENDÊNCIA DEPOIS DE TI” (Gen. 17:7). Todos que pertenceram a esta Aliança tiveram Deus como o seu Deus, e se tornaram o Seu povo por aliança. É dito que ela é uma aliança PERPÉTUA. Isto é digno de nota. Significa que se qualquer um, em qualquer ponto na história, entrar em união e comunhão com o Deus vivo, então a mesma Aliança Abraâmica estará em vigor. Ninguém é filho de Deus a não ser por adoção e o meio dessa adoção é a única e exclusiva Aliança pela qual Deus adotou Abraão como Seu filho, juntamente com a sua posteridade. Portanto, não é nenhuma surpresa, mas sim o que se espera, quando encontramos o Novo Testamento dizendo:
“Ele nos resgatou para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebêssemos a promessa do Espírito” (Gal. 3:14) e “...se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (i.e., a promessa da Aliança) (Gal. 3:29).
Assim, enfatizo o ponto apresentado na Bíblia: há uma continuidade da Aliança desde Abraão até agora. Não há tal coisa como uma Aliança da Graça do Velho Testamento e uma Aliança da Graça do Novo Testamento. Não há distinção entre a Aliança Abraâmica e a Aliança Cristã. Elas são uma e a mesma coisa. Isto não é posto em nenhuma parte mais claramente do que em Gal. 3: 16: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E AOS DESCENDENTES, como se falando de muitos, porém como de um só: E AO TEU DESCENDENTE, que é Cristo”. Assim a Aliança Abraâmica incluía CRISTO ... de fato significava preeminentemente Cristo. Ele é a semente de Abraão - Ele é o único que fielmente guardou a Aliança. Se uma pessoa está em Cristo está na Aliança com Abraão, não apenas porque Abraão creu em Deus (e viu a Cristo pela fé, João 8:56) mas principalmente porque Cristo é a bênção prometida na Aliança, “se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão”. Nós não devemos pensar que Abraão foi salvo por uma aliança diferente ou creu num evangelho diferente. Só há uma aliança que salva porque só há um evangelho que salva. Foi este evangelho que foi pregado a Abraão e no qual ele creu. “E a Escritura .... preanunciou o evangelho a Abraão” (Gal. 3:8) Abraão creu e foi salvo por esta fé, “de modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão” ( Gal. 3:9). Há continuidade na Aliança.
Nós vamos um pouco mais adiante. Tanto naquela época quanto agora sempre houve uma forma externa e outra interna da Aliança - uma forma visível e outra invisível. Esta é uma observação da maior importância. Os homens só podem lidar com a forma externa e visível. É Deus quem trata da forma interna e invisível. Foi assim no tempo de Abraão, desde o começo da Aliança. Todos que pertenceram aos descendentes de Abraão eram considerados membros da Aliança (visível) e receberam o sinal da Aliança (circuncisão). Isto incluía os estrangeiros e qualquer que quisesse união e comunhão com o Deus de Abraão (i.e., prosélitos) (Gen. 17:14). Todavia, nem todos que pertenciam à forma visível ou externa da Aliança estavam verdadeiramente em união e comunhão com Deus. Nem todos eram espirituais. Desta forma, Deus declara que não é com os filhos da carne (Ismael) mas com os filhos da promessa (Isaque) que Ele internamente estabelece uma aliança (Gen. 17:18-21). De igual forma, mesmo hoje a Igreja só pode administrar a forma exterior da Aliança. Os batistas, de boa vontade, admitem isso. Eles só podem batizar na base da profissão externa e visível. Nunca podem estar seguros de que todos que admitem ao batismo, como crentes, estão verdadeiramente arrependidos. Eles reconhecem que há membros da Igreja que são hipócritas.
Assim, quando qualquer igreja cristã batiza alguém, ela não está dizendo (ou não deveria estar) que tal pessoa é definidamente um crente. Somente Deus pode realizar um batismo que faz infalivelmente de alguém um crente, o qual é chamado de Batismo do Espírito Santo, ou a lavagem da regeneração (1 Cor. 12:13). A água do batismo é um sinal externo e visível aplicado pela Igreja externa e visível àqueles que pertencem à comunidade externa e visível da Aliança. O batismo do Espírito Santo é o sinal invisível aplicado pelo Deus invisível para unir uma pessoa à comunidade invisível da Aliança (i.e., o corpo de Cristo). O batismo da água significa o batismo do Espírito. A Confissão de Fé de Westminster sumaria tudo isso de modo claro no Capítulo 28:1: “O batismo é um sacramento do Novo Testamento, instituído por Jesus Cristo, não só para solenemente admitir na IGREJA VISÍVEL a pessoa batizada, mas também para servir-lhe de sinal e selo do pacto da graça...”. Notem que ele é um sinal e selo do pacto da graça (i.e., da operação interna de Deus).
SINAL: significa que ele aponta para a graça oferecida na promessa de Deus. Como qualquer “SINAL”, ele nos leva a olhar para outra direção... para Deus e Sua misericórdia e Sua prontidão para salvar qualquer que, como Abraão, tome Deus pela Sua palavra e creia nele.
SELO: u’a marca para nosso próprio benefício, para nos mostrar que a coisa selada é autêntica. Os reis costumavam SELAR uma carta com uma estampa de cera de seus próprios sinetes. Esse selo era para o bem daquele a quem a carta era enviada, para mostrar que era genuína. Não é o selo que faz a carta genuína: é a carta do rei, quer ele a sele ou não. Mas o selo a confirma à nossa mente. É uma confirmação visível de uma realidade invisível.
Notemos, agora, que, enquanto o batismo da água é o selo da forma externa da Aliança, o próprio Espírito Santo é o selo da forma interna.
Efésios 1:13: “... tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa”.
Efésios 4:30: “... não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
Este é o ponto em que devemos, respeitosa mas energicamente, apontar o erro de nossos irmãos batistas. Eles afirmam que o batismo da água é o selo da fé. Quando uma pessoa crê, então ela é batizada e este é um selo de sua fé. A Bíblia nega isto - O Espírito Santo, que é derramado nos nossos corações, é o selo da nossa fé. A razão é simples: somente o Espírito pode selar algo que Ele próprio fez. Somente Ele pode nos assegurar que nos deu o novo nascimento, que somos renascidos do Espírito. Isto é o que Paulo quer dizer em Romanos 8:16: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. A Igreja visível adota pessoas no seu rol de membros através de um sinal e selo visíveis. O Deus invisível adota pessoas como membros de Cristo através de um sinal e selo invisíveis.
Portanto, todo presbiteriano e todo batista devem negar juntos que o batismo da água salva alguém. Nós todos rejeitamos integralmente a expressão “cristenizar” (designação que, na língua inglesa [“christening”], é dada ao batismo pelos católicos romanos). Esta expressão é uma herança da superstição católico-romana que supõe que o batismo da água lava pecados e “cristianiza” (“cristeniza”) alguém.
2. A CONTINUIDADE DA IGREJA
A Igreja de Deus tem continuado através dos tempos, tanto do Velho quanto do Novo Testamento. É errado pensar que a “Igreja” começou com Jesus. Isto, todavia, subjaza na raiz de muito pensamento batista. Porém, antes dos dias de Abraão, Deus tinha um povo-chamado (uma Igreja) no mundo (os Setes, os Noés e os Enoques). A partir dos dias de Abraão esse povo ficou praticamente confinado a uma nação - os judeus. Mas mesmo na peregrinação do deserto no Êxodo, muito antes dos judeus terem uma terra prometida, um sacerdócio e um cerimonial de culto, foram chamados de “IGREJA”. Atos 7:38 refere-se a eles como “a igreja no deserto” (ekklesia).
Novamente, Romanos 11 nos diz que os gentios que crêem em Cristo não são uma Igreja diferente dos crentes do Velho Testamento. Nós somos enxertados na mesma oliveira. A Igreja é descrita como uma oliveira crescendo através de todas as épocas.
Tanto este é o caso que Pedro descreve a Igreja cristã do Novo Testamento com a rica linguagem judaica do Velho Testamento - “vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1Pedro 2:9). Os crentes do Novo Testamento são, claramente, parte da ininterrupta Igreja de Deus.
Há judeus que são realmente gentios e gentios que são realmente judeus: “... porque nem todos os de Israel são de fato israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; ...estes filhos de Deus não são propriamente os da carne ..”. (Romanos 9:6-8). De sorte que Paulo diz: “se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão” (Gal. 3:29). Isto só pode fazer sentido se tiver havido continuidade da Igreja em todas as épocas. Assim, não nos surpreende encontrar que na era por vir a Igreja única é descrita em termos de “gentios sentando à mesa com Abraão, Isaque e Jacó”. A Igreja visível hoje é uma continuação do que o Israel visível era no passado. Nós temos hipócritas hoje e eles também tinham. Nós podemos extirpá-los hoje e eles também podiam. De igual forma, a Igreja invisível hoje é a continuação do que o Israel invisível era então.
Ora, dada essa continuidade tanto da ALIANÇA quanto da IGREJA (comunidade da Aliança), chegamos a uma observação vital. A Igreja visível tem sempre incluído os filhos dos crentes. Vemos isso em Gen. 17:7. Porque o crente Abraão e todos os seus filhos faziam parte da forma externa da Aliança, então deviam todos receber o sinal externo da Aliança - A CIRCUNCISÃO. Sabemos que alguns eram como Esaú, incrédulos, e não incluídos na forma interna da Aliança. Mas é somente Deus quem opera este outro lado. Mesmo os Esaús devem ser recebidos como membros da Aliança e tratados como tais, até que cometam apostasia declarada.
Desde que a Igreja visível e o sinal visível têm sempre incluído os filhos dos crentes, então também os incluem agora. Por qual processo de raciocínio devemos excluir hoje as crianças da Igreja visível, à qual elas sempre pertenceram? Ambos os lados concordam que a era neotestamentária da Aliança é até mais graciosa do que a antiga. Então, como podem os filhos dos crentes ter perdido esse gracioso privilégio que gozavam numa época muito mais estrita, nas escuras sombras da lei e do cerimonial?
Se a Igreja inclui APENAS os crentes hoje, então a prova disso está para ser apresentada há muito tempo. Notem que quando Paulo escreve suas cartas às várias igrejas, ele fala não só aos adultos, mas também aos seus filhos. “Filhos, obedecei a vossos pais” (Ef. 6:1). É uma carta a uma igreja com uma palavra aos filhos, porque a Igreja inclui os filhos. Filhos de crentes ainda são membros da forma visível da Aliança. Eles devem ainda receber o sinal visível do batismo. Não há mandamento explícito para batizar crianças no Novo Testamento exatamente porque tal mandamento não é necessário.
As condições da Aliança, uma vez estabelecidas por Deus, são totalmente invioláveis. Ninguém pode revogar suas condições nem acrescentar outras. Este é o argumento de Paulo em Gálatas 3, que, embora não se refira à Aliança de Deus, ainda é verdade mesmo a respeito de uma aliança (ou testamento) feita pelo homem; “... falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga, ou lhe acrescenta alguma coisa” (Gal. 3:15).
Os batistas estão, na verdade, acrescentando condições. Eles dizem que você precisa primeiro ser crente antes de ser membro da Aliança. Uma criança é muito nova para crer; portanto, as crianças não recebem o sinal da Aliança nem são admitidas como membros dela. Ora, além da séria violação da Aliança de Deus neste ponto (i.e., a exclusão dos filhos, a quem Deus uma vez admitiu) isto envolve algo muito triste. Quando você encontra um crente batista sincero, cujo filho morreu ainda criança, você o vê compreensivelmente triste. Mas sua tristeza não é como a dos que não têm esperança. Ele tem conforto e esperança em Deus. Se você lhe perguntar onde está o pequenino, ele lhe dirá, confiantemente, que o seu filhinho está com Jesus, no céu. Ele responde como um pai da Aliança em favor de um filho da Aliança. Mas em que base está a criança segura? Ela é muito nova para arrepender-se e crer. Claro que ele sabe que, na verdade, isso é devido a uma fidelidade pactual de Deus. Por que é então que, “quando as coisas apertam”, o batista confessa que seu filho pertence a Deus por aliança? Suspeito que é porque a única aliança encorajadora é a original, mantida em sua forma inalterada, como Deus a deu. Quem é o mais consistente, então: o presbiteriano (que admite que seu filho é filho da aliança enquanto vive) ou o batista (que apenas o admite chorosamente quando ele morre)?
3 - A CONTINUIDADE DO SINAL
O que resta para considerar agora é a continuidade do sinal da Aliança. Isto pode parecer algo estranho porque todos sabem que há uma clara descontinuidade ... a circuncisão foi substituída pelo batismo. Não obstante, a continuidade é real, porque ambos representam a mesma verdade; ambos significam as mesmas graças espirituais. Assim como o sacramento cruento do Cordeiro Pascal é substituído pelo sacramento incruento da Ceia do Senhor, também o sacramento cruento da circuncisão é substituído pelo sacramento incruento do batismo. Antes de mostrar isto, há um ponto de vista (mantido pelos batistas) que deve ser tratado. Eles dizem que não havia uma, mas duas alianças, nos dias do Velho Testamento - uma espiritual e outra nacional. Dizem que a circuncisão refere-se apenas à nacional e não à espiritual; i.e., afirmam que a circuncisão era um tipo de “emblema nacional” para os israelitas. Ora, isto é uma tentativa de evitar o fato que o batismo substitui a circuncisão como sinal do pacto. Todavia, pode-se responder facilmente a esse ponto de vista com duas observações:
1- A circuncisão não é um símbolo ou emblema nacional porque foi administrada 430 anos antes da nação de Israel existir. Israel só se tornou uma nação pactual distinta quando a Lei foi dada no Sinai.
2- A circuncisão não era u’a marca de descendência física porque foi administrada a todo gentio, e seus filhos do sexo masculino, que quisessem adorar a Jeová em Israel.
Primeiro: A Circuncisão
A circuncisão externa era sinal e selo de uma circuncisão interna muito mais importante. O despojamento físico da carne significava o despojamento espiritual da carne do coração pecaminoso. A circuncisão feita pela Igreja do Velho Testamento apontava para uma circuncisão muito maior, que somente Deus poderia realizar. Isto é claramente posto por Paulo em Romanos 2:28-29: “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão a que é do coração, no espírito”.
Portanto, não nos surpreende ler o que Moisés diz aos judeus quando se dirige a eles, nas planícies de Moabe, pouco antes destes entrarem na terra prometida. Ele diz: “O Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao Senhor teu Deus de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas” (Dt. 30:6).
Observem que Moisés está falando a homens que eram circuncidados exteriormente, mas que necessitavam de uma circuncisão interior. Eles tinham o sinal externo e visível, mas faltava-lhes a realidade interna e invisível. Além disso, o texto nos diz o que a verdadeira circuncisão (a circuncisão do coração) efetua: a remoção da incredulidade, resultando em amor a Deus e vida em vez de morte (“para que vivas”). A mesma coisa pode ser vista no mandamento de Moisés a Israel em Dt. 10:16: “Circuncidai, pois, o vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz”, i.e., Amai a Deus! Obedecei-O! Sede homens espirituais e não carnais! Todo esse assunto é resumido por Paulo em Romanos 4:11: “E recebeu (Abraão) o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé...” Aí está. A circuncisão não é meramente um emblema nacional. É um sinal externo da justiça da fé. O significado da circuncisão é uma realidade espiritual.
Segundo: O Batismo
Muitos textos poderiam ser estudados para mostrar a conexão entre o batismo e a circuncisão, mas um só será suficiente. Em Col. 2:11-12 nós lemos: “Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”. Aqui a circuncisão é descrita como um batismo! Isto só é possível porque eles significam a mesma coisa. Enquanto Moisés disse aos judeus circuncidados que eles não eram realmente circuncidados, agora Paulo diz a esses gentios incircuncisos que eles foram realmente circuncidados. Paulo diz: vós “fostes também circuncidados”. Que tipo de circuncisão era aquela? Uma circuncisão feita “não por intermédio de mãos”. Que significa isso? O “despojamento (remoção) do corpo da carne” (i.e., da natureza carnal, do espírito rebelde). Quem a fez? Cristo a fez ... pela “circuncisão de Cristo”. Como isso ocorreu? “Tendo sido sepultados juntamente com Ele no batismo”. O que isso efetuou? “No qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé”. Assim, fica claro que este batismo e esta circuncisão se referem à mesma obra interna de Deus. A circuncisão é feita sem mãos, i.e., a circuncis0ão de Cristo, e o batismo é a operação de Deus “que O ressuscitou dentre os mortos”. É essa circuncisão/batismo do coração que produz a fé num pecador ... ressuscitados com Ele MEDIANTE A FÉ.
Assim, claramente não é o batismo da água que é referido aqui. Isto se torna ainda mais claro no próximo versículo (v. 13) porque Paulo diz que tudo isso aconteceu enquanto a pessoa era ainda um pecador, um incrédulo. Isto tornou vivos homens mortos (espiritualmente), e lhes obteve o perdão dos pecados: “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões, e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos”. Longe de ser o caso de “batismo de crentes” é exatamente o oposto - é o batismo/circuncisão de um incrédulo, que faz dele um crente. Não é o batismo da água realizado por homens, mas o batismo do Espírito realizado por Deus.
Não pode haver, portanto, dúvida de que o batismo e a circuncisão significam a mesma coisa. Há verdadeiramente uma continuidade do sinal da Aliança.
CONCLUSÃO
Em razão da continuidade da Aliança, da Igreja e do Sinal, nós admitimos ao batismo todos os que pertencem à Aliança. Estes têm sido sempre os crentes professos e seus filhos menores. A comunidade da Aliança nunca excluiu as crianças. O batismo desses infantes (e apenas desses) é a única prática bíblica consistente. Os que se recusam a batizar tais crianças devem explicar por que estão acrescentando condições à Aliança, as quais Deus nunca acrescentou. Também, os que batizam tais crianças devem defender essa prática puramente na base da Aliança, devem deixar de lado todas as invenções humanas (tais como “padrinhos”, que a Escritura não reconhece), devem fazer distinção entre as formas interna e externa da Aliança, e devem repudiar qualquer sugestão de que o batismo da água salva.








* O autor é ministro da Igreja Presbiteriana do Leste da Austrália

A MORTE DO DARWINISMO?

Pesquisa recente sobre as reivindicações da Teoria da Evolução revelam uma falsa base

O auditório sentou-se em um silêncio atordoado.
Todos os olhos estavam postos no conferencista diante deles.
O Conferencista dirigiu-se ao microfone, sorriu para o auditório e disse:
“Chocados?”
Era o Dr. Michael Ruse, célebre evolucionista, e a ocasião era um encontro nacional de membros da American Association for the Advancement of Science.
Quanto à proposição do conferencista, Ruse tinha exatamente terminado seu discurso em que ele havia sido questionado sobre especificamente como desmascarar o “Novos Criacionistas”.
Os membros da A.A.A.S. estavam chocados. Ao invés de criticar o lado oposto, Ruse havia declarado publicamente, pela primeira vez, que ele agora, essencialmente, concordava com o principal ponto dos Novos Criacionistas: A Teoria da Evolução como é entendida na atualidade situa-se mais no campo da filosofia do que no da ciência.
A confissão de Ruse torna-se ainda mais surpreendente quando o seu contexto é levado em conta. Quando deu o seu erudito testemunho a favor da evolução no famoso “Arkansas Creation Trial” Ruse influenciou o juiz a decretar que o criacionismo não poderia ser ensinado nas escolas. Seu argumento central era que o criacionismo requeria determinadas hipóteses filosóficas, e que portanto nunca poderia ser considerado uma ciência.
“Dr. Michael Ruse abre o jogo” foi o título de um artigo de um colega evolucionista na revista de notícias NCSE após a admissão pública de Ruse. O Colega de Ruse criticou-o por tornar público um assunto privado: Os principais eruditos da Teoria da Evolução estão sigilosamente procurando uma teoria para substituir a de Darwin.
O Dr. Kenyon, autor do livro sobre a evolução química da vida, foi um dos primeiros a desenvolver a teoria de como a vida começou em um denso caldo inicial na terra primitiva.
Ele tornou-se, também, o maior crítico do seu livro.
Após anos de aplicação das melhores mentes e equipamentos em todo mundo, nos mais complexos e perfeitos laboratórios, Kenyon observou que os cientistas não estavam mais próximos da possibilidade de recriar a primeira célula viva do que quando ele próprio criou a teoria.
Kenyon raciocinou que se as mais capazes mentes humanas não podiam recriar a primeira célula surgida ao acaso, então as possibilidades de uma seleção natural não poderiam nem mesmo existir. A única possibilidade plausível que lhe restou foi a idéia da criação executada por uma mente superior.
Tendo chegado a essa conclusão, Kenyon continuou a usar o seu livro-texto sobre a evolução em suas aulas de Introdução à Biologia, mas ele passou a explicar como a pesquisa o tinha levado a crer em uma outra possibilidade para a origem da vida.
Kenyon, contudo, pagou o preço por sua “indiscrição”. Seu Departamento de Biologia formou uma corte para julgá-lo e o impediu de continuar lecionando. Seu crime? Sugerir que um Criador inteligente era uma alternativa preferível à da evolução.
Depois de longos e desgastantes processos e recursos, sua escola finalmente foi obrigada a reinstalá-lo como professor de Introdução à Biologia.
Ruse e Kenyon são somente dois exemplos de cientistas e eruditos do mundo que estão revelando um segredo que os evolucionistas têm mantido cuidadosamente oculto: Após décadas de montagem de fósseis e experiências conduzidas, existe muito pouca evidência a favor da Teoria da Evolução de Darwin, ou naturalismo, como é freqüentemente chamada - e isso coloca a evolução no campo da filosofia e da religião, mas não no da ciência.
Além disso, os principais eruditos argumentam que essa religião disfarçada (Teoria da Evolução) produz a decadência da ética e dos valores morais da sociedade ocidental.
Principais evolucionistas, ou naturalistas, concordam entre si que o que é ensinado hoje nas escolas e colégios como “Teoria da Evolução” está muito ultrapassado, mas que deve continuar sendo ensinado sem debates até que se desenvolva uma nova teoria.
Além disso, eles argumentam que se não houver uma teoria “científica” para a origem humana, o povo pode buscar a religião como resposta.
A Teoria da Evolução, de Darwin, é uma “vaca sagrada” entre os cientistas evolucionistas, diz o Dr. Phillip Johnson, professor de Direito na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Os naturalistas não permitirão que alguém meixa ou critique seus conceitos, pois todo o trabalho deles está baseado nisso.
Todas as deficiências da Teoria da Evolução - a falta de uma evidência fóssil, numerosos argumentos circulares, experiências laboratoriais fracassadas, revelam um pouco da causa primária dos evolucionistas: “não existe Deus, exceto aquele que o homem criou”. Ao invés de admitir as falhas na Teoria da Evolução, os darwinistas apontam o dedo contra os criacionistas, ou teístas, acusando-os de se intrometerem em assuntos que eles não entendem.
O esforço combinado do Darwinismo tem tornado a “Teoria da Evolução”, como disse o professor Johnson, “a religião filosófica estabelecida na América”.
De nossos tribunais para nossas escolas, a Teoria da Evolução de Darwin tem sido sustentada como uma verdadeira religião, posto que reivindica ser a única teoria com base em “fatos”.
“Ela é a equivalente científica do politicamente correto”, explicou o Dr. Walter Bradley, professor de Engenharia Mecânica na A & M Universidade do Texas. Bradley escreveu extensivamente sobre a controvérsia criação/evolução, e ele tem levado sua conferência “Evidência Científica da Existência de Deus” por todo o mundo.
Como uma convicção dominante modelando nossa sociedade, o naturalismo tem um sério defeito, ele não deixa lugar para a fé em Deus.
O significado da Teoria da Evolução é que “o homem é o resultado de um processo natural não proposital, que não visava a sua criação”, declarou George Gaylor Simpson, o mais famoso Darwinista da atualidade.
Por essa razão, líderes cristãos entendem que a controvérsia evolução/criação é um crucial debate que deve ser mantido.
Se nós somos apenas um produto do processo natural sem propósito, como insistem os evolucionistas, então que base há para se crer em uma verdade absoluta, na moral, na ética? Onde alguém encontraria propósito na vida?
O resultado tem sido, como afirmam os acadêmicos, um descaso para com a dignidade humana (aborto, eutanásia, genocídio-racial, suicídio); um desrespeito aos valores (casamento entre pessoas do mesmo sexo, filhos fora do casamento) e um antagonismo geral para com Deus.
Porém, isso poderia mudar. Alguns eruditos tem, ultimamente, caminhado nessa direção. Eles têm argumentado tão inteligente e persuasivamente sobre a fragilidade do evolucionismo que os naturalistas não podem esquivar-se.
Um desses homens é Phillip Johnson. Como um professor veterano de Direito, com vinte anos de cadeira, na Berkley; considerando os argumentos e evidências evolucionistas e questionando o fundamento da teoria, ele observou que os argumentos e evidencias evolucionistas tidos como a base da teoria nunca permaneceriam de pé se tivessem que ser defendidos em uma sala de júri.
Ao invés de trazer os evolucionistas a sala de júri, Johnson trouxe a sala de júri aos evolucionistas. Ele escreveu um livro entitulado Darwin on Trial onde detalha seu caso contra as alegações da evolução. Esse livro tem recebido a atenção dos principais adeptos do darwinismo.
Os argumentos de Johnson são tão persuasivos que o próprio evolucionista Michael Ruse admitiu que Johnson foi a influência chave para ajudá-lo a modificar seus conceitos sobre a evolução.
O Dr. Walter Bradley da A & M do Texas também fala através de nosso jornal sobre suas conferências pelo mundo. Sua palestra entitulada “ Evidências Científica da Existência de Deus” tem atraído centenas e, às vezes, milhares de alunos e professores.
A popularidade dessas palestras mostra que até mesmo no contexto universitário existe uma grande insatisfação com a resposta da pseudo ciência quanto à origem da vida.
Usando argumentos, pesquisa e razão, Johnson, Bradley e outros como eles apresentam uma inteligente e esperançosa alternativa contra a teoria do acaso; forçando, assim, os evolucionistas a defenderem seus conceitos.
Por um logo tempo, os darwinistas forçaram os que crêem em Deus a provar suas convicções. Mas agora, com eruditos cristãos como Phil Johnson e Walter Bradley os evolucionistas é que têm que provar suas teorias, e isso os tem feito gaguejar.

Como se pode ver, portanto, a Teoria da Evolução não pode ser chamada de "científica" no exato sentido do termo. Pois, na verdade, ela não é nada mais do que uma religião filosófica estabelecida na América.


Traduzido da Revista "Campus Alert" da Universidade de Orlando, na Flórida, U.S.A.

(Publicado em O Presbiteriano Conservador na edição de Maio/Junho de 1996)

10 Razões Porque Nunca Tomo Banho

Pessoas que não freqüentam os cultos sempre dão algumas desculpas razoavelmente interessantes para justificarem-se. Para mostrar a fraqueza dessas desculpas, alguém elaborou uma lista bem humorada chamada: “10 razões porque nunca tomo banho”.

1 – Fui forçado a tomar banho quando era criança;
2 – Pessoas que se banham são hipócritas – elas se acham mais limpas que as outras;
3 – Há muitos tipos de sabonete, eu nunca decidiria qual usar;
4 – Eu costumava tomar banho, mas tornou-se uma coisa chata;
5 – Nenhum dos meus amigos toma banho;
6 – Tomo banho apenas no Natal ou na Páscoa;
7 – Começarei a tomar banho quando ficar mais velho;
8 – Não tenho tempo;
9 – O banheiro é muito frio;
10 – Os fabricantes de sabonete estão somente atrás do meu dinheiro.

A comparação é obvia. A maioria das desculpas para não se ir a casa de Deus, são furadas. Assim também são os motivos pelos quais as pessoas não dão atenção para os assuntos espirituais.
Pena que isso aconteça... Pena que muitos inventem tantas desculpas... Agora, pense um pouco: O que essas pessoas vão ouvir de Deus – O SENHOR – O Criador do céu e da terra na hora da sua morte? “Vinde benditos de meu Pai”? Mesmo crendo no imenso amor, na graça e na misericórdia de Deus, creio também no Seu juízo e creio que Deus não vai fechar um olho para aqueles que se fizeram de surdos e de cegos durante a curta vida aqui neste mundo. Pense: “De Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6. 7). “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais vosso coração” (Hb 4. 7).

GRANDE OBRA NECESSITA URGENTE

CARPINTEIROS: Para serrar a madeira da incompreensão e arrancar os pregos do orgulho, do ódio e do egoísmo.
PEDREIROS: Para assentar os tijolos da prece na construção da caridade.
SERVENTES: Para preparar a massa da boa vontade, derramando sobre a areia do sofrimento o cimento da fé e o cal da compreensão.
ELETRICISTAS: Para ligar a corrente positiva da fé, estendendo a luz a todos que se acham nas trevas da ignorância.
APRENDIZES: Vagas sempre abertas para os de boa vontade e de qualquer idade.
MESTRES: Não há vagas... Temos o maior de todos: JESUS.
LOCAL DAS OBRAS: A humanidade.
A OBRA: O Evangelho do Amor.
PRINCIPAL FERRAMENTA: O Amor ao bem da humanidade...
HORA DA ENTREVISTA: Agora mesmo...

Salmo 23:

Uma Nova Perspectiva



O Senhor é meu Pastor – Isso é revelação

Nada me faltará – Isso é provisão

Ele me faz repousar em pastos verdejantes – Isso é serenidade

Leva-me para junto das águas de descanso – Isso é fé

Refrigera-me a alma – Isso é saúde

Guia-me pelas veredas da justiça – Isso é direção

Por amor do seu nome – Isso é propósito

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte – Isso é provação

Não temerei mal nenhum – Isso é proteção

Porque tu estás comigo – Isso é fidelidade

O teu bordão e o teu cajado me consolam – Isso é disciplina

Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários – Isso é esperança

Unges-me a cabeça com óleo – Isso é consagração

Mau cálice transborda – Isso é abundância

Bondade e misericórdia, certamente me seguiram todos os dias da minha vida – Isso é benção

E habitarei na casa do Senhor – Isso é segurança

Para todo o sempre – Isso é eternidade

Jesus, Tu és diferente

Tu ficaste ao lado da mulher adúltera,
quando todos se afastavam dela.

Tu entraste na casa do publicano,
quando todos se revoltavam contra ele.

Tu chamaste as crianças para junto de Ti,
quando todos queriam mandá-las embora.

Tu perdoaste a Pedro,
quando ele próprio se condenava.

Tu elogiaste a viúva pobre,
quando todos a ignoravam.

Tu resististe ao diabo,
quando todos teriam sucumbido à sua tentação.

Tu prometeste o paraíso ao malfeitor,
quando todos desejavam-lhe o inferno.

Tu chamaste Paulo para Te seguir,
quando todos temiam-no como perseguidor.

Tu fugiste do sucesso,
quando todos queriam fazer-te rei.

Tu amaste os pobres,
quando todos buscavam riquezas.

Tu curaste enfermos,
quando foram abandonados pelos outros.

Tu calaste,
quando todos Te acusavam, batiam em Ti e zombavam de Ti.

Tu morreste na cruz,
quando todos festejavam a páscoa.

Tu assumiste a culpa,
quando todos lavavam suas mãos na inocência.

Tu ressuscitaste da morte,
quando todos pensavam que estavas derrotado.

Jesus, eu te agradeço porque Tu és único!

(autor desconhecido)

O incomparável Cristo

"Há mais de mil e novecentos anos existiu um Homem cujo nascimento contrariou as leis biológicas. Ele viveu em pobreza e cresceu na obscuridade. Não fez extensas viagens. E só uma vez cruzou as fronteiras da terra onde viveu. Isso ocorreu na infância, quando teve de fugir de sua pátria.
"Não possuiu riquezas, nem exerceu influência na sociedade. Seus familiares não eram pessoas de projeção, não tinham muita instrução, nem alto grau de escolaridade. Quando ainda era bebê, perturbou um rei; quando menino, deixou perplexos alguns doutores. Já adulto, dominou o curso da natureza, andou sobre as ondas como se fossem terra firme, e fez o mar aquietar-se. Curou multidões sem o emprego de medicamentos, e não cobrou nada por seus serviços.
"Não escreveu nenhum livro, e, no entanto, nem todas as bibliotecas deste país poderiam conter os livros que já foram escritos a seu respeito. Nunca compôs uma música, e no entanto tem sido tema de hinos e corinhos cujo número ultrapassa todas as outras músicas somadas.
"Nunca fundou uma faculdade ou seminário, mas o total dos que estudam seus ensinos é muito maior que a soma de todos os alunos de todas as escolas.
"Nunca comandou um exército, nem convocou um soldado, nem disparou um fuzil. E no entanto nenhum outro capitão contou com maior número de voluntários que, sob suas ordens, fizeram rebeldes baixar as armas e render-se a ele, sem dar um único tiro.
"Nunca praticou a psiquiatria, mas tem dado alívio a mais corações aflitos que todos os médicos juntos. Uma vez por semana, o comércio fecha suas portas, e multidões de fiéis se encaminham para reuniões de adoração, onde lhe prestam culto.
"Grandes estadistas da Grécia e Roma surgiram no cenário mundial e depois caíram no esquecimento. No passado, tivemos grandes cientistas, filósofos e teólogos, e também esses foram esquecidos. Mas o nome desse Homem permanece cada vez mais lembrado. Embora já se tenham passado quase dois mil anos desde que foi crucificado, ele ainda está vivo. Herodes não conseguiu destruí-lo. O túmulo não pôde detê-lo.
"Agora Ele - o Cristo vivo, nosso Senhor e Salvador - se encontra no pináculo da glória celestial, exaltado por Deus, reconhecido pelos anjos, adorado pelos santos e temido pelos demônios."




(autor desconhecido)

Perguntas Para MIM ou Para Nossa CONSCIÊNCIA?

1. Qual seria a situação da Igreja, se todos andassem como eu?
2. Qual seria a freqüência do culto, se todos freqüentassem como eu?
3. Qual seria o amor interior da Igreja, se todos amassem como eu?
4. Qual seria a vida de oração da Igreja, se todos orassem como eu?
5. Qual seria o resultado da coleta, se todos contribuíssem como eu?
6. Qual seria o trabalho feito na Igreja, se todos trabalhassem como eu?
7. Qual seria a consideração da Igreja pelo mundo, se todos vivessem como eu?
8. Qual seria o sentimento do pastor pela Igreja, se todos tivessem uma atitude para com ele, como eu?
9. Qual seria o interesse pela leitura evangélica e a própria Bíblia, se todos lessem como eu?
10. Qual seria o amor pelas almas perdidas, se todos na Igreja amassem como
A
Bíblia
Contém
3.506.480 letras,
810.697 palavras,
31.157 versos, 1.189
capítulos e 66 livros; o maior
capítulo é o Salmo119 e o capí-
tulo central é o Salmo 117; o verso
central é o 8 do Salmo 118. O nome maior
acha-se no capítulo 8 de Isaías. A palavra “e”
encontra-se 16.627 vezes. O capítulo 37 de Isaías é
igual ao de 2 Reis cap.19. o versículo mais comprido é o de
Ester 8.9; o mais curto é João 11.35; e o verso de Esdras
7.21 é o único que contém todas as letras do alfabeto
hebraico, menos uma. A palavra “Senhor” ou
seu equivalente, “Jeová”, aparece 7.698
vezes no Velho Testamento; ou com
mais exatidão, a palavra “Senhor”
aparece 1.853 vezes
e a palavra “Jeová”
5.846 vezes e a
palavra
“Deus”
não
aparece
no livro
de Ester.
PORÉM HÁ SABE-
DORIA, CONHECIMENTO,
SANTIDADE E CARIDADE EM
CADA CAPÍTULO DE TODA A BÍBLIA.

Um Vídeo de Natal

O Pastor: Este Contraditado

Assim como Cristo, o Pastor também é alvo das mais desencontradas opiniões.

Se o pastor é ativo É ambicioso
Se é calmo É preguiçoso
Se o pastor é exigente É intolerante
Se não exige É displicente
Se o pastor visita É incomodo
Se não visita É irresponsável com as ovelhas
Se o pastor fica com os jovens É imaturo
Se fica com os adultos É antiquado, ultrapassado
Se fica com as crianças É infantil
Se procura atualizar-se É mundano
Se não se atualiza É mente fechada
Se o pastor cuida da família É descuidado com a Igreja
Se cuida da Igreja É descuidado com a família
Se prega muito tempo É prolixo, cansativo
Se prega pouco É que não tem mensagem
Se procura agradar a todos É sem personalidade
Se é positivo e procura corrigir É parcial
Se o pastor se veste bem É vaidoso
Se se veste mal É relaxado
Se o pastor sorri É irreverente
Se não sorri É cara dura
Se realiza programas novos É que só quer viver de promoções
Se não realiza É que não tem idéias
Se o pastor é alegre É sem linha
Se chora no púlpito É chorão
Se o pastor organiza trabalhos É explorador do rebanho
Se não organiza É que não dá trabalho ao rebanho
Se o pastor fala alto É que não tem argumentos
Se fala baixo É um coitado, não tem voz
Se o pastor prega nas ruas Está barateando o evangelho
Se só fica na Igreja É acomodado nas quatro paredes
ENTENDA-SE!

Lembre-se de Agradecer

Se você está triste porque perdeu seu amor,
Lembre-se daquele que não teve um amor para perder.
Se você se decepcionou com alguma coisa,
Lembre-se daquele cujo nascimento já foi uma decepção.
Se você está cansado de trabalhar,
Lembre-se daquele que, angustiado, perdeu o emprego.
Se você reclama de uma comida mal feita,
Lembre-se daquele que morre faminto sem um pedaço de pão.
Se você teve um sonho desfeito,
Lembre-se daquele que vive um pesadelo constante.
Se anda aborrecido,
Lembre-se daquele que espera um sorriso seu.
Se você teve um amor para perder,
Um trabalho para cansar,
Um sonho desfeito,
Uma tristeza para sentir,
Uma comida para reclamar...
Lembre-se de agradecer a Deus!
Porque existem muitos que dariam tudo para para ficar no seu lugar.

Uma Carta de Amor

Em Data de seu aniversário, uma princesa recebeu de seu noivo, um pacote redondo.

Ela abriu-o e deparou... uma bala de canhão!

Desapontada e zangada atirou a bala preta num canto do quarto. Nesta altura, mediante o impacto, rompeu-se a camada exterior e apareceu uma bola de prata. Sem hesitar ela a ajunta, e, fala girar por entre as mãos. Ao mesmo tempo exercia alguma pressão sobre o envoltório de prata, do qual neste momento se desprende... um envelope de ouro. Sem demora ela o abre e eis a surpresa: sobre veludo preto, um anel reluzente dotado de diamantes, de grande valor. Em anexo seguia uma breve dedicatória: “Por amor a você!”

Muitos pensam assim: “A Bíblia não nos agrada; muito do que nela está escrito é esquisito e incompreensível.” Mas quem penetra mais na matéria, isto é, quem não se detêm na superfície encontrará sempre novas belezas até que finalmente se confronta com a mensagem divina da Bíblia.


Por Amor a Você!

Números de Telefones de Emergência

Tenha Sempre a Mão Estes Telefones de Emergência
Falta de união - chame Romanos 12

Desanimado com seu trabalho – chame Salmos 126
Se as pessoas parecerem cruéis - chame João 15
Se você for desprezado - chame Salmos 27
Se o mundo parecer pequeno para você – chame Salmos 19
Se você precisar ser frutífero - chame João 15
Se seu bolso está vazio - chame Salmos 37
Se você está perdendo a confiança nas pessoas - chame 1 Coríntios 13
Quando em tristeza - chame João 14
Quando os homens falharem com você - chame Salmos 27
Quando o mundo parecer maior do que Deus - chame Salmos 90
Quando você estiver em perigo - chame Salmos 91
Quando você estiver solitário e com medo - chame Salmos 23
Quando você se sentir deprimido e abandonado – chame Romanos 8:31-39
Quando você for amargurado e criticado - chame 1 Coríntios 13
Quando você tiver pecado - chame Salmos 51
Quando você sair de casa para trabalhar ou viajar - chame Salmos 121
Quando você pensa em retorno de investimentos - chame Marcos 10
Quando você precisar da segurança e garantia de Cristo - chame Romanos 8:1-30
Quando você precisar de coragem para uma tarefa - chame Josué 1
Quando você precisar paz e descanso - chame Mateus 11:25-30
Quando você estiver preocupado - chame Mateus 6:19-34
Quando sua fé precisar ser exercitada - chame Hebreus 11
Quando suas orações forem egoístas - chame Salmos 67
_________________________________________________________
Os Telefones de Emergência podem ser discados diretamente!
Não é preciso assistência de um operador.
Todas as linhas estão abertas para o céu 24 horas por dia!
Alimente sua fé e as dúvidas irão desaparecer!
Que Jesus te abençoe e te guarde!

Cristo Morreu pelo Pecador

Horatius Bonar


* * *
" E Deus viu que a maldade do homem era grande na terra,
e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração`” (Gn. 6:5)
O testemunho divino relativo ao homem é, que ele é um pecador. Deus testemunha contra ele, não a seu favor; e testifica que "não há nenhum justo, nem um sequer"; que "não há quem faça o bem"; nenhum que "entenda"; nenhum "que busque a Deus" e, mais ainda, nenhum que O ame (Sl. 14:1-3; Rm. 3:10-12). Deus fala de forma amável, mas severamente ao homem; como alguém que procura ansiosamente por uma criança perdida, contudo sem fazer qualquer concessão para com o pecado, e que "de modo nenhum inocenta o culpado".(Na.1:3)
Ele declara o homem perdido, alguém que se desviou, um rebelde, alguém " aborrecido de Deus " (Rm. 1:30); não um pecador ocasional, mas um pecador em tempo integral; não um pecador com partes boas, mas um pecador por completo; não satisfazendo-se com a bondade; mau tanto no coração quanto na vida, "morto em delitos e pecados" (Ef. 2:1); um praticante do mau, e consequentemente debaixo de condenação; um inimigo de Deus, e por isso "debaixo da ira"; alguém que continuamente quebra a reta lei de Deus, estando portanto "debaixo da maldição da lei" (Gl. 3:10). O pecador não somente traz o pecado diante de si, mas ele o carrega consigo, como seu segundo eu; ele é um "corpo de pecado" (Rm. 6:6), e " corpo de morte " (Rm. 7:24), não sujeito à lei de Deus, mas a " lei do pecado " (Rm. 7:23).
Há ainda outra sentença pior contra ele. Ele não acredita no nome do Filho de Deus, nem ama o Cristo de Deus. Este é o principal pecado dele. Que o coração dele não é reto para com Deus, é a primeira sentença contra ele. Que o coração dele não é reto para com o Filho de Deus, é a segunda. E esta segunda sentença, que é a principal de todas, traz sobre si mais terrível condenação do que todos os outros pecados juntos.
"O que não crê (nEle), já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (Jo 3:18). "Aquele que não dá crédito a Deus, O faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho"(1 Jo. 5:10). "Quem, porém, não crer será condenado" (Mc. 16:16). E, portanto, o primeiro pecado que o Espírito Santo leva em conta, é a incredulidade; "quando Ele [o Espírito Santo] vier, convencerá o mundo do pecado...: do pecado porque não crêem em mim " (Jo. 16:8-9).
O homem não pode dizer uma só palavra boa sobre si mesmo, ou ainda declarar-se inocente, a menos que ele possa mostrar que ama, e sempre amou a Deus de todo coração e alma. Se ele pode dizer isto verdadeiramente, ele é reto, ele não é um pecador, e não precisa de perdão. Ele achará seu próprio caminho para o reino de Deus, sem a cruz e sem um Salvador.
Mas, se ele não pode dizer isto, sua boca está emudecida e ele é culpado diante de Deus . Conquanto uma vida de boa conduta externa possa dispô-lo e a outros a olharem, no presente, favoravelmente para si mesmos, o veredicto contra ele, virá no futuro. Este é o dia do homem, quando os julgamentos dos homens prevalecem; mas o dia de Deus está vindo, quando o caso será julgado em seus reais méritos. Então o Juiz de toda a terra fará justiça, e o pecador será envergonhado. Este é um veredicto divino, não humano. É Deus, não o homem, que condena; e "Deus não é homem para mentir". Este é o testemunho de Deus relativo ao homem, e nós sabemos que este testemunho é verdadeiro. Compete-nos recebê-lo como tal, e agirmos baseados nisto.
"Olhai para mim, e sede salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu sou Deus, e não há nenhum outro " (Is. 45:22), um "Deus justo e Salvador" (v. 21). "Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Is. 55:7).
Volte seus olhos, olhos da fé, para a cruz e veja estas duas coisas: os crucificadores e o crucificado. Veja os crucificadores, os inimigos de Deus e do Seu Filho, Jesus. Eles são você. Perceba neles o seu próprio caráter. Então agora, veja O crucificado. É o próprio Deus; amor encarnado. Seu Criador, Deus manifesto em carne, sofrendo, morrendo pelo pecador. Você pode duvidar da Sua graça? Você pode acalentar pensamentos maus sobre Ele? Você pode imaginar qualquer outra coisa, que desperte em você a mais completa e franca confiança? Você interpretará mal aquela agonia e morte, dizendo que elas não querem dizer graça, ou que a graça que elas representam não são para você? Relembre o que está escrito: "Nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu a sua vida por nós" (1 Jo. 3:16) e, "Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados " (1 Jo. 4:10).
Nota Sobre o Autor:





Horatius Bonar foi um pastor escocês que se destacou como um perito pregador do Evangelho de Cristo, e também como autor de diversos poemas e hinos, como "Honra, Poder, Majestade", "Cantai! Exultai!", "Rio da Vida", "A Voz de Jesus", dentre tantos outros que enfileiram-se com os de Isaac Watts e Newton, além de escritor de livros como "Como Irei a Deus?" Ed.Fiel.

Você Ama a Cristo?

Rev. Thomas Vincent (1634-1678)

* * *
"A quem não havendo visto, amais." (1Pe 1:8)
Vocês podem saber se de fato são cristãos verdadeiros pelo teste do seu amor por Jesus Cristo. Portanto, examinem-se a si mesmos, se de fato amam a Jesus Cristo a quem nunca viram. A maioria das pessoas no mundo amam verdadeiramente apenas as pessoas e coisas que viram, mas podem vocês dizer que sinceramente e sobretudo amam a Jesus Cristo, a quem não viram? O amor da maioria resulta do conhecimento que o olho fornece do objeto amado, mas resulta o seu amor do conhecimento que os ouvidos têm fornecido pela palavra da amabilidade que há em Cristo?
Pergunta: Como nós podemos saber se de fato temos um amor verdadeiro por Jesus Cristo?
Resposta: Vocês podem conhecer a verdade do seu amor por Jesus Cristo, primeiro, pelo seus anseios pela presença de Cristo; segundo pelo seu apreço e freqüência aos meios onde Cristo deve ser encontrado , e em ali buscá-lO; terceiro pelo seu amor pela imagem (auto-revelação) de Cristo; quarto, pela obediência aos mandamentos de Cristo.
I. Primeiro, pelo seus anseios pela presença de Cristo. Onde quer que haja um grande amor por uma pessoa, há um desejo pela presença dessa pessoa. Vocês séria e sinceramente desejam a presença de Cristo? Há duas formas da presença de Cristo: Sua graciosa presença aqui e Sua gloriosa presença no último dia.
1. Há a graciosa presença de Cristo aqui: "não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros" (Jo. 14:18). Vocês desejam que seus amigos e parentes venham para estar com vocês, mas desejam em primeiro lugar que Cristo venha até vocês? Cristo vem aos seus discípulos na forma de uma graciosa comunhão, na forma de uma graciosa manifestação e na forma de uma doce consolação.
a. Vocês desejam que Cristo venha a vocês na forma de uma graciosa comunhão? São seus desejos que essa comunhão seja uma luz espiritual de Cristo para guiá-los e ensiná-los; de vida espiritual da parte de Cristo para estimulá-los e encorajá-los, de vigor espiritual da parte de Cristo para sustê-los sob fardos e habilitá-los para os seus deveres? Vocês realmente desejam todos os tipos de comunhão e os mais altos níveis de graça da plenitude da graça que está em Cristo?
b. Vocês desejam que Cristo venha a vocês na forma de uma graciosa manifestação? "Aquele que me ama será amado por meu Pai, e Eu também o amarei e me manifestarei a ele"(Jo. 14:21). Vocês realmente desejam o cumprimento dessa promessa a fim de que Cristo revele mais da beleza da Sua pessoa e do amor do Seu coração? Vocês sofrem quando o seu Amado se retira, quando a cortina é fechada, e uma nuvem se interpõe entre vocês e o Sol da Justiça; quando Ele se oculta e encobre a Sua face de vocês? Vocês anelam pelo retorno de Cristo e pelas Suas manifestações?
c. Vocês desejam que Cristo venha a vocês na forma de uma doce consolação, como resultado dessa comunhão e manifestação? Desejam vocês o óleo de alegria com o qual Cristo é ungido; que Ele lhes desse a unção do Espírito não apenas para santificá-los, mas para confortá-los também? Vocês desejam que os seus corações sejam cheios com alegria espiritual - alegria do Espírito Santo, que é indizível e cheia de glória? Vocês desejam o consolo que Cristo dá mais do que todo o conforto que o mundo e a carne pode oferecer; o consolo que entra pela porta da fé, mais do que qualquer consolo que venha pela porta dos sentidos; essas alegrias que estão em Cristo, mais do que todas as alegrias que podem ser encontrada no mais doce e desejável deleite das criaturas?
2. E vocês desejam também a gloriosa presença de Cristo no último dia? Quando Ele promete: "Certamente venho sem demora", pode o seu coração responder como em Apocalipse 22:20: "Amém. Vem Senhor Jesus"? Você está contente por viver tão perto do fim do mundo, sabendo que o Senhor está próximo, e que sua vinda se aproxima a cada dia? Podem vocês levantar suas cabeças com alegria quando olham em direção ao lugar onde o Senhor Jesus está, a direita do trono da Majestade nas alturas? Podem vocês pensar com paz de espírito que ainda dentro de pouco tempo Aquele que vem virá, e não tardará; que dentro em pouco Cristo descerá dos céus com um brado, ao som da trombeta, e que os seus olhos O verão no esplendor da Sua glória e majestade?
Se alguns de vocês dizem que temem a gloriosa presença de Cristo com receio de que seriam então rejeitados por causa desse temor, vocês não estão prontos nem preparados; mesmo que possam dizer de todo o coração que desejam acima de tudo estar prontos, que esforçam-se para isto e que lamentam por não estar mais prontos. E considerando que estivessem prontos e seguros de seu interesse em Cristo, poderiam dizer que desejariam que Cristo voltasse imediatamente, e que não desejariam maior alegria e felicidade do que viver com Cristo na glória? Podem vocês dizer que contam com a presença de Cristo como a felicidade do céu? Essas são evidências de um verdadeiro desejo pela presença gloriosa de Cristo, e de amor sincero por Cristo.
II. Segundo, vocês podem conhecer seu amor por Cristo pelo seu apreço e freqüência aos meios onde Cristo deve ser encontrado , e em ali buscá-lO. São esses os meios das suas ordenanças, tanto públicas como particulares, onde Ele pode ser encontrado: vocês obedecem às ordenanças, comparecem às reuniões de oração, à pregação da Palavra e ao sacramento da Ceia do Senhor? Vocês têm em alta conta essas ordenanças por causa do cunho da instituição de Cristo sobre elas, por causa da presença de Cristo nelas, e por serem elas meios para unirem você e Ele? E quando estão sob as ordenanças, vocês buscam diligentemente a Cristo nelas? Ficam vocês limitados à parte exterior e carnal das ordenanças de apenas encontrarem-se com o povo de Deus? Ou vocês determinam, desejam e esforçam-se por algo mais interior, espiritual e incomparavelmente doce a fim de que possam encontrar-se com Cristo para que tenham comunhão com o Pai e o Filho? E com relação a isso podem vocês dizer como Davi : "Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor!" e: " pois um dia Senhor nos teus átrios valem mais que mil"( Sl. 84:10), e: "Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que possa eu morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor, e meditar no seu templo" (Sl. 27:4)? Buscam vocês a Cristo também com suas famílias e em particular? Buscam-no em meditação e oração secreta? O seu amor por Cristo se expressa nos seus desejos ; os seus desejos se revelam na sua busca por Cristo em Seus meios.
III. Em terceiro lugar, vocês podem conhecer o seu amor por Cristo pelo seu amor pela imagem de Cristo; existe a imagem de Cristo na Sua Palavra, e existe a imagem de Cristo no seu povo.
1) Vocês amam a imagem de Cristo na sua Palavra? Assim como em uma moeda de César tem a imagem e a inscrição de César, a Palavra das Escrituras, a qual é a Palavra de Cristo, traz a imagem e a inscrição d'Ele. Vocês amam as Escrituras por causa da imagem da verdade e da sabedoria de Cristo nelas? Amam vocês os preceitos das Escrituras por causa da imagem da santidade de Cristo neles? Amam vocês as ameaças das Escrituras por causa da imagem da justiça de Cristo nelas? Amam vocês as promessas das escrituras por causa da imagem da bondade, graça, e amor de Cristo nelas? Vocês tem a Palavra de Cristo nas sua Bíblias, e às vezes em seus ouvidos, mas ela nos vossos corações? Vocês a recebem em amor?
2) Amam vocês a imagem de Cristo no Seu povo? Se vocês não amam ao seu irmão a quem vêem, como podem amar o seu Senhor a quem não viram? Todo discípulo de Cristo traz a imagem de Cristo. Se vocês amam o original amarão a imagem, mesmo que não esteja perfeitamente gravada. Se vocês amam a perfeita bondade e santidade que está em Cristo, vocês amarão a bondade e santidade que vêem nos santos, ainda que eles as tenham em uma imperfeita medida. Amam vocês os discípulos de Cristo, e isso por causa da imagem de Cristo, embora eles discordem de vocês em algumas opiniões que são circunstanciais?
IV. Em quarto lugar, vocês podem conhecer seu amor por Cristo pela sua obediência aos Seus mandamentos, João 14:15, "Se me amais, guardareis os meus mandamentos"; e o versículo 21, "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama". Vocês têm os mandamentos de Cristo. Vocês os guardam? Vocês os conhecem, mas vocês os praticam? O seu amor por Cristo é conhecido pela sua obediência a Ele. Se Cristo é o seu Amado, Ele é também o seu Senhor; se vocês têm verdadeira afeição por Ele, vocês se sujeitarão a Ele. Se vocês amam a Cristo, vocês procurarão agradá-lO. Vocês não são servos da carne, para cuidarem de agradá-la, mas são servos de Cristo para procurar, acima de tudo e de todos, agradá-lO. Se vocês amam a Cristo, vocês não só temem dar ocasião de ofensa para os homens, mas acima de tudo, vocês temem desagradar e ofender o seu Senhor. Vocês se esforçam para andar de modo que agrade a Cristo na forma de uma sincera e compreensiva obediência? Vocês obedecem a Cristo de todo o coração? Têm vocês respeito por todos os seus mandamentos? Vocês lamentam quando caem em sua obediência a Cristo? Se vocês podem dizer na presença do Senhor e dos seus corações (não permitam que suas línguas mintam) que vocês não vivem e não permitem a si mesmos viverem na prática de qualquer pecado conhecido que Cristo proíbe, nem na negligência de qualquer dever conhecido que Cristo ordena, essa é uma evidência segura do verdadeiro amor por Cristo.



Nota sobre o Autor:
Thomas Vincent foi um puritano do século dezessete cujos escritos são repletos de questões para o auto-exame.
Este artigo foi extraído do livro O Amor do Cristão Verdadeiro pelo Cristo Não Visto (The True Chistian’s Love for the Unseen Chist - Soli Deo Gloria, 1993).