sábado, 22 de novembro de 2008

JOÃO, O PEIXEIRO

À beira mar morava o João Peixeiro. Na rua era motivo de zombaria de todos, pois vendia a qualquer preço o pro¬duto de seu trabalho e ia para o botequim onde gastava tudo bebendo pinga. Saía cambaleando e demorava-se por ali até chegar a casa. Seus filhos, quando o viam aproxi¬mar-se, depois de mais um dia desventurado, atropela¬vam-se em fuga. Não acontecia o mesmo com a pobre es¬posa que era um "saco de pancadas". Mas ela agüentava tudo por amor aos filhos. Dizia:
- Ruim com ele, pior sem ele, pois os filhos precisam comer.
Um dia João Peixeiro ouviu uma pregação. Cantavam os crentes, e o pregador leu o capítulo 3 do Evangelho de João. 0 pescador ouviu atentamente a pregação, apesar do seu estado de embriaguez. O amor de Deus alcançou aque¬le coração nessa mesma tarde, e ele comovido até as lágri¬mas, atendeu ao apelo. Foi chorando que João Peixeiro disse que queria aceitar a Cristo como Salvador e mudar a sua vida. Logo os crentes o cercaram de atenção e ali mes¬mo ele foi doutrinado sobre a excelência da salvação.
Agora João Peixeiro era uma nova criatura. Tal qual Nicodemos, ele recebeu a lição de Jesus: "Importa nascer de novo..." João tinha nascido de novo.
Embora bêbedo, encaminhou-se para casa. Sua mulher e filhos, quando notaram aquela figura conhecida prepa¬ravam-se para os acontecimentos costumeiros: correria das crianças e a paciência da mulher. Mas um fato novo acon¬teceu. Agora João percebeu esses detalhes, pois não era o mesmo João que vinha ao encontro da família; era o João nova criatura; era o João, o crente em Jesus. Ele começou a gritar de longe:
- Não corram, meninos, não fujam, não se escondam! Não é mais o João cachaceiro que está se aproximando. O velho João morreu. Eu agora sou nova criatura. Sim. Não corram. Eu sou o novo João!
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).

Textos extraídos do livro: Ilustrações Selecionadas – Org. Aucides Conejero Perez, Rio de Janeiro, CPAD, 1985.

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