(Sl 49)
No boletim anterior vimos como os jogos de azar, qual doença incurável, estão impregnadas em todas as camadas sociais, produzindo efeitos tremendamente maléficos ao homem. Vale lembrar que este não é um problema especificamente brasileiro. Há países onde os jogos de azar são legalizados e regulamentados, havendo plena liberdade para a sua prática.
Agora, vamos ver o que se pode saber das Escrituras na busca de argumentos que nos auxiliem na luta contra esse grande mal.
É até possível que algum irmão tenha feito uma “fezinha” sem pensar nos grandes malefícios dos jogos. Para que o irmão possa compreender o quão maléfico é o vício do jogo, convidamos você a ver o que a Bíblia diz a respeito dessa doença.
I – Problemas Éticos
1. Trapaças – Usa-se de todos os recursos para se enganar o apostador;
2. Avareza – Aparece logo em seguida, envolvendo o patrocinador e o apostador, busca-se o dinheiro, o lucro, o ganho fácil;
3. Lei do Menor Esforço – Quanto mais melhor, quanto menos esforço melhor;
4. Roubo disfarçado – “A sorte do que ganha envolve a miséria do que perde”. Herbert Spencer;
5. Vício – O jogo sempre conduz ao vício. Quem perdeu hoje quer ganhar amanhã e quem ganhou hoje amanhã quer mais;
6. Crimes – Sabe-se que os jogos estão ligados aos mais hediondos crimes. Como pode o cristão sincero envolver-se em atividades desse gênero, e receber, muitas vezes, dinheiro que representa o sangue do próximo?
II – valor Monetário
Adquirir muito dinheiro sem nenhum esforço, eis o objetivo principal do jogo. Aqui está também o grande problema do homem; a valorização dos bens materiais e do dinheiro, em detrimento aos valores espirituais, permanentes e eternos.
Há textos bíblicos que condenam o amor ao dinheiro (1Tm 6. 10a; Mt 19. 23,24; Ec 5. 12; Sl 24.1).
Não podemos nos esquecer da transitoriedade das riquezas. São efêmeras, passageiras, e a Bíblia alerta constantemente sobre esse problema (Pv 11. 24).
Não se condena as riquezas; condena-se o modo desonesto de adquiri-las, o uso que se faz delas e o efeito que exercem sobre personalidades fracas, provocando a invenção de valores.
III – TRABALHO – Esse é o Caminho
Do ponto de vista Bíblico, o trabalho é o único meio pelo qual o homem deve ganhar seu sustento (Gn 3. 17). Por outro lado, a sociedade depende daquilo que cada indivíduo possa fazer para suprir as necessidades do meio em que vive. Andando pela cidade, vemos os habitantes a se moverem de um lado para o outro; e sabemos que, salvo raras exceções, cada um está fazendo a sua parte dentro dessa máquina sociedade.
Os jogos de azar são uma total inversão desse princípio. Eles são uma revolta contra o trabalho. Por ele, o homem recebe sem trabalho, sem produzir, sem fazer a parte que lhe cabe dentro da sociedade em que vive. O trabalho é o plano lícito, sábio e verdadeiro deixado por Deus para a sobrevivência do homem (Êx 20. 9; Sl 128).
Trabalho é preciosa dádiva do criador; é rica benção de Deus para o Homem.
Conclusão: Participar dos jogos de azar é contrário aos grandes valores éticos, é contrário aos ensinos Bíblicos e contrário aos princípios sociais que regem a sociedade. Se você está se deixando dominar por essa chaga terrível, peça a Cristo que o abençoe e livre.
Para Ler:
A nulidade das Riquezas – Pv 23. 4, 5; Como Devem Viver os Ricos – 1Tm 6. 17-19; Modo Certo de se Viver – Pv 24. 27, 30-31; Que Proveito Há Nas Riquezas? – Ec 5. 10-15; Os Dois Senhores – Mt 6. 24; As Riquezas e a Corrupção – Tg 5. 1-6; Melhor Banco – Mt 6. 19-21.
Rev. Juberto Oliveira da Rocha Júnior
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