Robert Murray M’Cheyne
***
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça.”
João 15.16João 15.16
Esta é uma afirmação sobremodo humilhante e, ao mesmo tempo, bastante abençoadora para o
verdadeiro discípulo de Jesus. Foi muito humilhante para os discípulos ouvirem que não haviam
escolhido a Cristo. As necessidades de vocês são tantas, e seus corações, tão endurecidos, que vocês não
me escolheram. Mas, apesar disso, foi extremamente reconfortante para os discípulos saberem que Cristo
os havia escolhido – “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós
outros”. Isto lhes mostrou que Cristo os amou antes de eles O amarem – Ele os amou quando ainda
estavam mortos em pecados. Em seguida, Jesus mostrou aos discípulos que seria o amor que os tornaria
santos: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos
designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça”.
Consideremos as verdades deste versículo na ordem em que são expressas.
1. OS HOMENS NÃO ESCOLHEM NATURALMENTE A CRISTO — “Não fostes vós que me
escolhestes a mim”. Isto era verdade a respeito dos apóstolos; também é verdade a respeito de todos os
que crerão em Jesus, até o final do mundo. “Não fostes vós que me escolhestes a mim.” O ouvido natural
é tão surdo, que não pode ouvir; os olhos naturais, tão cegos, que não podem ver a Cristo. Em certo
sentido, é verdade que todo verdadeiro discípulo escolhe a Cristo; mas isto acontece somente quando
Deus abre os olhos da pessoa, para que ela veja a Jesus; quando Deus outorga vigor ao braço ressequido,
para que ele abrace a Cristo.
O significado das palavras de Jesus era: “Vocês nunca me teriam escolhido, se eu não os tivesse
escolhido”. É verdade que, quando Deus abre o coração do pecador, este escolhe a Cristo e a ninguém
mais, somente a Cristo. É verdade que um coração vivificado pelo Espírito sempre escolhe a Cristo, a
ninguém mais, somente a Cristo, e por Ele renunciará o mundo inteiro.
Irmãos, este versículo nos ensina que todo pecador despertado se mostra disposto a seguir a Cristo, mas
não antes de ser tornado disposto. Aqueles que dentre vocês foram despertados, não escolheram a
Cristo. Se um médico viesse à sua casa e dissesse que viera para curá-lo de sua enfermidade, e se você
sentisse que não estava doente, diria ao médico: “Não preciso de você; procure o vizinho”. Esta é a
maneira como você age para com o Senhor Jesus: Ele lhe oferece a cura, mas você Lhe diz que não está
enfermo; Ele se oferece para cobrir, com a obediência dEle mesmo, a nudez de sua alma, mas você
responde: “Não preciso dessa roupa”.
Outra razão por que você não escolhe a Cristo é esta: você não vê qualquer beleza nEle. “E como raiz de
uma terra seca; não tinha aparência nem formosura” (Is 53.2). Você não vê qualquer beleza na pessoa de
Cristo, nenhuma beleza na obediência dEle, nenhuma glória na sua cruz. Você não O vê e, por isso, não
O escolhe.
Outra razão por que você não escolhe a Cristo é esta: não quer que Ele o torne santo. “Lhe porás o
nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). Mas você ama o pecado, ama
os seus prazeres. Por isso, quando o Filho de Deus se aproxima e lhe diz: “Eu o salvarei dos seus
pecados”, você responde: “Amo o pecado, amo os meus prazeres”. Por conseguinte, você nunca pode
chegar a um acordo com o Senhor Jesus. “Não fostes vós que me escolhestes a mim.” Embora eu tenha
morrido em favor de vocês, não me escolheram. Tenho lhes falado por muitos anos, mas, apesar disso,
vocês não me escolheram. Tenho lhes dado a Bíblia, para instruí-los, e ainda assim vocês não me
escolheram. Irmão, esta acusação lhe sobrevirá no Dia do Juízo: “Eu o teria vestido com a minha
obediência, mas você não o quis”.
2. CRISTO ESCOLHEU SEUS PRÓPRIOS DISCÍPULOS. “Eu vos escolhi a vós outros”. O Senhor
Jesus contemplou os seus discípulos com um divino olhar de misericórdia, dizendo-lhes: “Eu vos escolhi
a vós outros”. Todos aqueles que Jesus traz à glória, Ele os escolheu.
O tempo em que Ele escolheu os discípulos.
Observamos que foi antes de eles crerem — “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu
vos escolhi a vós outros”. Isto equivale a: “Fui eu que comecei a lidar com vocês, não foram vocês que
começaram a lidar comigo”. Você perceberá isto em Atos 18.9 e 10: “Teve Paulo durante a noite uma
visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou
contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade”. Nesta ocasião, Paulo estava
em Corinto, a cidade mais lasciva e ímpia do mundo antigo. Os coríntios se davam a banquetes e à
detestável idolatria, mas Cristo disse ao apóstolo: “Tenho muito povo nesta cidade”. Eles não tinham
escolhido a Cristo; Ele, porém, os escolheu. Aqueles coríntios não se haviam arrependido ainda, mas
Cristo fixou seus olhos sobre eles. Isto mostra claramente que Cristo escolhe os seus discípulos antes que
estes O busquem.
Além disso, Cristo os escolheu desde o princípio – “devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos
amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do
Espírito e fé na verdade” (2 Ts 2.13); “assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para
sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” (Ef 1.4). Portanto, irmãos, foi antes da fundação
do mundo que Cristo escolheu os seus próprios discípulos, quando não havia sol, nem lua; quando não
havia mar, nem terra — foi no princípio. Ele podia dizer com certeza: “Não fostes vós que me escolhestes
a mim”. Antes que os homens amassem uns aos outros, ou que os anjos se amassem mutuamente, Cristo
escolheu os seus próprios discípulos. Agora sei o que significam as palavras de Paulo, quando ele disse:
“A fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a
profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento” (Ef 3.18-19).
Agora não fico surpreso com a morte de Cristo. Foi uma expressão de amor tão grande que transbordou
os diques que o retinham, um amor que irrompeu no Calvário e no Getsêmani. Ó irmão, você conhece
este amor?
Agora falemos sobre a razão deste amor.
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15.16). Esta é
uma pergunta natural: por que Ele me escolheu? Respondo que a razão por que Ele escolheu você foi o
beneplácito da vontade dEle mesmo. Você pode ver isto ilustrado em Marcos 3.13: “Depois, subiu ao
monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele”. Havia uma grande multidão ao redor
de Jesus; Ele chamou alguns, mas não chamou a todos. A razão apresentada é esta: “Chamou os que ele
mesmo quis”. Não há qualquer razão na criatura; a razão está nEle, que escolhe. Você verá isto em
Malaquias 1.2 e 3: “Eu vos tenho amado, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Não
foi Esaú irmão de Jacó? – disse o SENHOR; todavia, amei a Jacó, porém aborreci a Esaú”. Eles não eram
filhos da mesma mãe? Apesar disso, “amei a Jacó e aborreci a Esaú”. A única razão apresentada é esta:
“Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia” (Êx 33.19). Você também pode ver isto em Romanos
9.15 e 16. A única razão que a Bíblia nos oferece para explicar porque Cristo nos amou (e se você
estudar até à sua morte, não encontrará outra) é esta: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter
misericórdia”. Isto é evidente de todos aqueles que Cristo escolhe.
A Bíblia nos fala sobre duas grandes apostasias: uma, no céu; outra, na terra. A primeira, no céu: Lúcifer,
a estrela da manhã, pecou por orgulho, e Deus o lançou no inferno, bem como todos aqueles que
acompanharam a Lúcifer em seu pecado. A segunda apostasia, na terra: Adão pecou e, por isso, foi
expulso do Paraíso. Tanto Adão como Lúcifer mereciam a condenação. Deus tinha um propósito de
amor. Em favor de quem existia este propósito? Talvez os anjos apelaram pelos outros anjos que eram
seus companheiros. Mas Cristo os deixou de lado e morreu em favor do homem. Por que Ele morreu em
favor do homem? A resposta é: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia”. Isto também
é evidente nas pessoas que Cristo escolhe. Talvez você pense que Cristo deveria escolher os ricos, mas o
que disse Tiago? “Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e
herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?” (2.5)
Você também pode imaginar que Cristo deveria escolher os nobres; eles não têm os preconceitos que os
pobres têm. Mas, o que nos dizem as Escrituras? “Não foram chamados muitos sábios segundo a carne,
nem muitos poderosos” (1 Co 1.26). Ou talvez você pense que Cristo deveria escolher os eruditos. A
Bíblia está escrita em linguagem difícil; suas doutrinas são árduas à compreensão; apesar disso, veja o que
Cristo disse: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e
instruídos e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11.25).
Ainda, você pode imaginar que Cristo deveria escolher pessoas cheias de virtudes. Embora não haja nem
um justo, existem algumas pessoas que são mais virtuosas do que outras. Todavia, Cristo disse que
publicanos e meretrizes entram no reino de Deus, enquanto os fariseus são deixados do lado de fora. “Ó
profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os
seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Rm 11.33) Por que o Senhor Jesus escolheu os mais
ímpios? Eis a única razão que encontrei na Bíblia: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter
misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Rm 9.15).
Cristo escolhe alguns dos que O buscam e não outros.
Houve um jovem rico que veio a Cristo e perguntou-Lhe: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida
eterna?” (Mc 10.17) Este jovem foi sincero, mas um obstáculo surgiu entre eles, e o jovem recuou. Uma
mulher pecadora veio aos pés de Jesus, chorando. Ela também foi sincera, e Cristo lhe disse: “Perdoados
são os teus pecados” (Lc 7.48). O que causou a diferença? “Terei misericórdia de quem me aprouver ter
misericórdia.” O Senhor Jesus “chamou os que ele mesmo quis”. Ó meu irmão, humilhe-se ante a
soberania de Deus. Se Ele decidiu ter compaixão, Ele terá compaixão.
3. APRESENTO O TERCEIRO E ÚLTIMO PONTO: “Eu... vos designei para que vades e deis fruto,
e o vosso fruto permaneça” (Jo 15.16). Cristo escolhe não somente aqueles que serão salvos, mas
também a maneira como isso acontecerá. Escolhe não somente o começo e o fim, mas também o meio.
“Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2 Ts
2.13). “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor...” (Ef 1.4). E lemos em Romanos 8: “E aos que predestinou, a
esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também
glorificou” (v. 30). A salvação é como uma corrente de ouro que une o céu à terra. Dois elos estão nas
mãos de Deus – a eleição e a salvação final. Mas alguns dos elos estão na terra – a conversão, a adoção,
etc. Irmãos, Cristo nunca escolhe um homem para crer e ser imediatamente transportado à glória. Ah!
meu irmão, como isto remove todas as objeções levantadas contra a santa doutrina da eleição! Alguns
talvez digam: “Se sou eleito, serei salvo, viverei como quiser”. Não, se você vive em impiedade, você não
será salvo. Outros talvez digam: “Se eu não sou um eleito, não serei salvo, viverei como eu quiser”. Se
você é ou não eleito, eu não sei. Eu sei isto: se você crer em Cristo, será salvo.
Quero perguntar-lhe: você já creu em Jesus? Está portando a imagem de Cristo? Então, você é um eleito e
será salvo. Todavia, existem muitos que ainda não creram em Cristo e não têm uma vida santa. Então,
não importa o que vocês pensam agora, descobrirão ser verdade que estão entre aqueles que foram
deixados de fora.
Oh! meu irmão, aqueles que negam a eleição negam que Deus pode ter misericórdia! Esta é uma doce
verdade: Deus pode ter misericórdia. No seu coração endurecido não existe nada capaz de impedir que
Deus tenha misericórdia de você. Tome posse desta verdade no coração: Deus pode ter misericórdia.
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros.”
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Extraído da revista Fé Para Hoje.
terça-feira, 31 de maio de 2011
A ABSOLUTA IMPORTÂNCIA DO MOTIVO
A. W. Tozer
A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.
****
Como a água não pode subir mais alto do que o nível da sua fonte, assim a qualidade moral de um ato
nunca pode ser mais elevada do que o motivo que o inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um
motivo mau pode ser bom, ainda que algum bem pareça resultar dele. Toda ação praticada por ira ou
despeito, por exemplo, ver-se-á, afinal, que foi praticada em favor do inimigo e contra o reino de Deus.
Infelizmente, a atividade religiosa possui tal natureza, que muito desse tipo de atividade pode ser
realizado por motivos maus, como a raiva, a inveja, a ambição, a vaidade e a avareza. Toda atividade desse
tipo é essencialmente má e como tal será avaliada no Julgamento.
Nesta questão de motivos, como em muitas outras, os fariseus dão-nos exemplos claros. Eles continuam
sendo o mais triste fracasso religioso do mundo, não por causa de erro doutrinário, nem porque eram
pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos
religiosos. Oravam, mas para serem ouvidos pelos homens, e, deste modo, o seu motivo arruinava as suas
orações e as tornava inúteis e, realmente, más. Contribuíam para o serviço do templo, porém, às vezes, o
faziam para escapar do seu dever para com os seus pais, e isto era um mal, um pecado. Os fariseus
condenavam o pecado e se levantavam contra ele, quando o viam nos outros, mas o faziam motivados por
sua justiça própria e por sua dureza de coração. Isso caracterizava quase tudo o que faziam. Suas atividades
eram cercadas por aparência de santidade; e essas mesmas atividades, se fossem realizadas por motivos
puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus estava na qualidade dos seus motivos.
Isto não é uma coisa insignificante – é o que podemos concluir do fato de que aqueles religiosos formais e
ortodoxos continuaram em sua cegueira, até que finalmente crucificaram o Senhor da glória, sem
qualquer noção da gravidade do seu crime.
Atos religiosos praticados por motivos vis são duplamente maus – maus em si mesmos e maus porque são
praticados em nome de Deus. Isto equivale a pecar em nome dAquele Ser que é impecável, a mentir em
nome dAquele que não pode mentir e a odiar em nome dAquele cuja natureza é amor.
Os crentes, especialmente os muito ativos, freqüentemente devem separar tempo para sondar a sua alma, a
fim de certificarem-se dos seus motivos. Muito solo é cantado para exibição; muitos sermões são pregados
para mostrar talento; muitas igrejas são fundadas como um insulto contra outra igreja. Mesmo a atividade
missionária pode tornar-se competitiva, e a conquista de almas pode degenerar, tornando-se uma espécie
de marketing eclesiástico, para satisfazer a carne. Não esqueçam: os fariseus eram grandes missionários, e
rodeavam o mar e a terra para fazer um converso.
Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer diante de Deus, sempre
que possível, com a nossa Bíblia aberta em 1 Coríntios 13. Esta passagem, embora seja considerada uma das
mais belas da Bíblia, é também uma das mais severas dentre as que se acham nas Escrituras Sagradas. O
apóstolo toma o serviço religioso mais elevado e o consigna à futilidade, se não for motivado pelo amor.
Sem amor, profetas, mestres, oradores, filantropos e mártires são despedidos sem recompensas.
Resumindo, podemos dizer que, aos olhos de Deus, somos julgados não tanto pelo que fazemos e sim por
nossos motivos para fazê-lo. Não “o quê”, mas “por quê” será a pergunta importante que ouviremos, quando
nós, crentes, comparecermos no tribunal, a fim de prestarmos contas dos atos praticados enquanto
estávamos no corpo.
Nota sobre o autor: o Dr. A. W. Tozer era pastor de uma igreja da Aliança Cristã Missionária, no Canadá, até seu falecimento, nos anos
1960. Ele é conhecido como um dos mais famosos pregadores deste século e “um profeta” da nossa geração.
(Publicado originalmente, em português, em “A Raiz dos Justos”, pela Editora Mundo Cristão).
A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.
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Como a água não pode subir mais alto do que o nível da sua fonte, assim a qualidade moral de um ato
nunca pode ser mais elevada do que o motivo que o inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um
motivo mau pode ser bom, ainda que algum bem pareça resultar dele. Toda ação praticada por ira ou
despeito, por exemplo, ver-se-á, afinal, que foi praticada em favor do inimigo e contra o reino de Deus.
Infelizmente, a atividade religiosa possui tal natureza, que muito desse tipo de atividade pode ser
realizado por motivos maus, como a raiva, a inveja, a ambição, a vaidade e a avareza. Toda atividade desse
tipo é essencialmente má e como tal será avaliada no Julgamento.
Nesta questão de motivos, como em muitas outras, os fariseus dão-nos exemplos claros. Eles continuam
sendo o mais triste fracasso religioso do mundo, não por causa de erro doutrinário, nem porque eram
pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos
religiosos. Oravam, mas para serem ouvidos pelos homens, e, deste modo, o seu motivo arruinava as suas
orações e as tornava inúteis e, realmente, más. Contribuíam para o serviço do templo, porém, às vezes, o
faziam para escapar do seu dever para com os seus pais, e isto era um mal, um pecado. Os fariseus
condenavam o pecado e se levantavam contra ele, quando o viam nos outros, mas o faziam motivados por
sua justiça própria e por sua dureza de coração. Isso caracterizava quase tudo o que faziam. Suas atividades
eram cercadas por aparência de santidade; e essas mesmas atividades, se fossem realizadas por motivos
puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus estava na qualidade dos seus motivos.
Isto não é uma coisa insignificante – é o que podemos concluir do fato de que aqueles religiosos formais e
ortodoxos continuaram em sua cegueira, até que finalmente crucificaram o Senhor da glória, sem
qualquer noção da gravidade do seu crime.
Atos religiosos praticados por motivos vis são duplamente maus – maus em si mesmos e maus porque são
praticados em nome de Deus. Isto equivale a pecar em nome dAquele Ser que é impecável, a mentir em
nome dAquele que não pode mentir e a odiar em nome dAquele cuja natureza é amor.
Os crentes, especialmente os muito ativos, freqüentemente devem separar tempo para sondar a sua alma, a
fim de certificarem-se dos seus motivos. Muito solo é cantado para exibição; muitos sermões são pregados
para mostrar talento; muitas igrejas são fundadas como um insulto contra outra igreja. Mesmo a atividade
missionária pode tornar-se competitiva, e a conquista de almas pode degenerar, tornando-se uma espécie
de marketing eclesiástico, para satisfazer a carne. Não esqueçam: os fariseus eram grandes missionários, e
rodeavam o mar e a terra para fazer um converso.
Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer diante de Deus, sempre
que possível, com a nossa Bíblia aberta em 1 Coríntios 13. Esta passagem, embora seja considerada uma das
mais belas da Bíblia, é também uma das mais severas dentre as que se acham nas Escrituras Sagradas. O
apóstolo toma o serviço religioso mais elevado e o consigna à futilidade, se não for motivado pelo amor.
Sem amor, profetas, mestres, oradores, filantropos e mártires são despedidos sem recompensas.
Resumindo, podemos dizer que, aos olhos de Deus, somos julgados não tanto pelo que fazemos e sim por
nossos motivos para fazê-lo. Não “o quê”, mas “por quê” será a pergunta importante que ouviremos, quando
nós, crentes, comparecermos no tribunal, a fim de prestarmos contas dos atos praticados enquanto
estávamos no corpo.
Nota sobre o autor: o Dr. A. W. Tozer era pastor de uma igreja da Aliança Cristã Missionária, no Canadá, até seu falecimento, nos anos
1960. Ele é conhecido como um dos mais famosos pregadores deste século e “um profeta” da nossa geração.
(Publicado originalmente, em português, em “A Raiz dos Justos”, pela Editora Mundo Cristão).
Homenagem ao Rev. Juba e a Glêdes Geane Pelo Aniversário de Ambos
MENSAGEM - IGREJA PRESBITERIANA DE NOVA ERA - Data: 26/05/2011
Adaptação: Pb. Eustáquio - Trabalho da UPH/IPNE
Homenagem: Aniversários: Rev. Juberto 30/05/11-Geane 27/05/11
Hoje, antes que o sol raiasse
e a manhã se pronunciasse
eu fiz a Deus uma oração;
Pedi a Ele que me iluminasse
e que a palavra não me faltasse
para homenagear um querido irmão.
Logo que o sol surgiu,
uma idéia sublime se abriu.
uma idéia sublime se abriu.
Meu pensamento batia asas e voava,
e no meu coração eu pensava.
e no meu coração eu pensava.
E ao ver a dádiva da natureza
eu agradecia a Deus por tanta beleza.
Pensei então no pastor,
este servo de grande valor,
que completa mais um ano de vida;
este servo de grande valor,
que completa mais um ano de vida;
São vários anos nessa brilhante jornada
e é bom vermos, que ainda não está terminada,
Pois precisamos muito, dessa pessoa tão querida.
Para conservarmos a beleza da vida,
Que muitas vezes é esquecida.
Deus escolhe os condutores do seu povo a dedo,
Deus escolhe os condutores do seu povo a dedo,
E isso, pode-se falar sem medo
pois nosso pastor é uma prova perfeita disso;
pois nosso pastor é uma prova perfeita disso;
Pastor você tem o doce perfume de um ungido
e propaga o Deus que tem crido,
com sinceridade e compromisso
e propaga o Deus que tem crido,
com sinceridade e compromisso
Fazendo de um coração compungido,
A alegria de um povo remido
A palavra da verdade prega com calma
ganhando para o Senhor muitas almas,
onde agradece as bênçãos alcançadas.
ganhando para o Senhor muitas almas,
onde agradece as bênçãos alcançadas.
Neste mais um ano que passa
o pastor dá a Deus muitas graças,
em ver, suas ovelhas apascentadas.
A luta do pastor ainda não terminou
sabe que o privilégio que Deus lhe honrou,
tem que ser levado até quando o Senhor quiser.
sabe que o privilégio que Deus lhe honrou,
tem que ser levado até quando o Senhor quiser.
Vai falar do evangelho de Jesus
pregando a mensagem da cruz,
sabendo que é isto que Deus quer.
Pastor .
Um homem abençoado, um vaso sempre
moldado, pelas mãos do Senhor.
moldado, pelas mãos do Senhor.
Deu ao Senhor o que tinha de mais precioso,
sua vida se entregou, recebendo o óleo valioso.
E aos pés de Jesus, sua vida até aqui levou,
Juntamente, com a musa que encontrou.
Essa musa, que hoje é sua esposa querida,
Nunca deixou suas obrigações esquecida,
Segue ela, a incumbência que Deus lhe honrou.
Parabenizamos também você Jeane, nesse dia tão importante.
São os melhores momentos
Feito num breve instante,
Vindo de um pensamento rompante.
Expressado por um servo contente,
Por fazer essa homenagem descente.
Somos uma Igreja com defeitos, mas procuramos não ver seus efeitos.
Com qualidades, Deus reconhece nossos feitos.
Somos uma Igreja privilegiada, porque em Deus temos as mãos entrelaçadas.
Que essas palavras ressoem sempre firmes em seus corações.
Recebam de Deus, copiosas bênçãos na sua caminhada Pastoral, pois Ele é sempre mais real.
“Pastor Juberto, ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio, e ficarmos preparado para a volta do nosso Glorioso Sumo Pastor Jesus Cristo nosso salvador, o filho de Deus altíssimo.
A UPH agradece, que Deus lhe abençoe em Cristo Jesus, e AMÈM!
Pb. José Eustáquio Duque Pinto
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Garanta a sua!
Notícias do 8º Eu Quero É Deus
Estamos preparando a festa do povo de Deus. Prepare-se! Voluntarie-se! Ore! Trabalhe! Convide seus amigos cristãos e não cristãos.
Local: Praça Juquinha Lima, Morro do Pau D’Óleo – Nova Era – MG
Data: 06 de Agosto de 2011.
Início: 19h.
Bandas confirmadas: Já está confirmada a Banda Brasiliense Metal Nobre, Banda que tem mais de 20 anos de estrada e muita competência.
Também já fechamos a participação do Ministério de Louvor FIDELIDADE (IP Betel de BH).
Notícia do Cinquentenário
Notícia do Cinquentenário
A data marco da grande festa do Cinquentenário já está marcada. Dias 15 e 18 de outubro de 2011.
Comece a convidar os ex-membros da Igreja e as pessoas ao seu redor para essa grande festa.
Queremos fazer nesses dias uma grande Cruzada Evangelística. Vamos comemorar aqui com festa e produzindo festa no céu pelas almas que hão de se render a Cristo.
Dia 15 – O pregador será o Rev. Antônio Carlos Meneses (Toninho), pastor da Igreja Presbiteriana Central de Contagem (MG) e fundador do Ministério Evangelístico Cidade Voadora - http://cidadevoadora.com/ - Um ministério que tem levado milhares de almas a Cristo. O louvor será ministrado pelo Ministério Ame.
Dia 16 – A pregação estará por conta do irmão Marcelo Corrêa Muniz (folho do Sr. Isaltino e d. Ruth). Marcelo pregou pela primeira vez aqui na IP Nova Era, quando aqui érea membro. E o Louvor continua à cargo do Ministério Ame.
Nesses dias gostaríamos de reunir todos os que já foram membros da IP Nova Era.
Sobre o CD
Já estamos com todas as músicas aprovadas e, brevemente, “Velhinhos de Roupa Nova” será uma realidade.
Preste atenção aos avisos pois, não demora, iniciaremos os ensaios para a gravação do CD com a Igreja.
Provavelmente, neste mês gravaremos com a Igreja cantando os hinos do nosso CD. Prepare-se! Venha ensaiar e fique atento sobre quando marcaremos esse culto especial.
Uma outra iniciativa do Conselho para o Cinquentenário são os folhetos personalizados. Os folhetos já estão sendo usados. Os dois primeiros títulos são: “Nada Haver Com Hollywood” e “Tome Uma Boa Overdose”. Distribua folhetos com alegria! Um único folheto pode ser o instrumento de Deus pra salvar uma vida.
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