quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Os Babilônicos (Material Complementar de estudos do Acamp 2010 da IP Nova Era)

OS BABILÔNIOS
O antigo reino da Babilônia ocupou a parte Sul do atual Iraque (as terras pelas quais os rios Tigre e Eufrates fluem em direção ao Golfo Pérsico). A terra é plana. As cidades foram construídas não muito tempo depois das pessoas terem aprendido a utilizar a água dos rios para irrigar a terra.
Civilização antiga
A civilização babilônica, junto com a egípcia, é uma das mais antigas do Oriente Próximo. Os sumérios já habitavam a Babilônia mil anos antes de Abraão. Listas de palavras, recibos de vendas e outras contas, escritas em sumério, em tabletes de barro datados em 3100 a.C., têm sobrevivido como testemunho de sua vida. Ao norte dos sumérios vivam os acádios (povo semita). Uma dinastia de reis acádios residia em Ur (a pátria de Abraão) por volta de 2000 a.C.
Escrita
O escrito mais antigo conhecido foi encontrado na Babilônia, e era anterior à dos tabletes sumérios. Esse foi o início da escrita cuneiforme babilônica, onde 500 (ou mais) figuras simples representavam, inicialmente, objetos comuns ou idéias e, mais tarde, sílabas.
Artesãos
Antes do ano 2000 a.C., os artesãos babilônicos já estavam fazendo jóias em ouro fino e prata, armas de bronze e cobre, e estátuas. Excelentes peças foram encontradas nos sepulcros reais de Ur.
Babilônia e o império
A cidade de Babilônia alcançou grande poder por volta de 1850 a.C., mas por pouco tempo. Hamurábi foi seu rei mais destacado. Mil e duzentos anos depois, a Babilônia recobrou sua glória sob Nabucodonosor II. Era a época do império Neobabilônico.
No século VIII a.C., a Assíria era a potência nórdica do Oriente Próximo, porém em 614 a.C., Assur foi derrotado pelos medos, os quais se aliaram com os babilônios e tomaram Nínive no ano 612 a.C.
Rapidamente os babilônios controlaram toda a área. O Faraó Neco (cf. 2Rs 23.29-35) marchou em direção ao Eufrates e lutou junto com os assírios em Carquemis, no ano 615 a.C., mas o exército babilônico, comandado por Nabucodonosor, derrotou-o; o Egito teve que se retirar.
Babilônia derrota Judá
O exército babilônico se dirigiu até o sul; o rei Jeoaquim de Judá considerou sábio declarar-se vassalo de Nabucodonosor. Alguns anos depois, mudou de opinião e decidiu rebelar-se. No ano em que morreu Jeoaquim, os exércitos babilônicos marcharam contra Jerusalém e a sitiaram. O novo rei (Joaquim) se rendeu e foi levado cativo à Babilônia, junto com muitas pessoas de Judá (2Rs 23.36—24.17). Um texto cuneiforme indica as nações que foram designadas a ele e sua família na prisão. O cerco, com sua data (15/16 de março de 597 a.C.) estão anotados no registro oficial, a Crônica babilônica: “O rei da Acádia reuniu suas tropas, marchou à terra de Hati e acampou contra a cidade de Judá e... tomou a cidade e capturou o seu rei.
Dez anos mais tarde, o rei Zedequias, de Judá, rebelou-se contra a Babilônia. Desta vez, os babilônicos destruíram Jerusalém e o templo, e deportaram a maioria da população para a Babilônia (2Rs 24.18—25.21).
Babilônia de Nabucodonosor
Os exilados de Judá foram levados à grande cidade de Babilônia que Nabucodonosor havia construído. A cidade interna estava protegida por um largo fosso e paredes cheias de ladrilhos (de 3,7 m e 6,5 m de largura), com espaço entre elas para o caminho militar ao nível do parapeito. Das oito grandes portas, a mais conhecida é a Porta de Istar, construída em honra ao deus babilônico Marduque.
O pórtico era decorado com fileiras de touros (símbolo do deus Bel) alternadas com fileiras de dragões (símbolo do deus Marduque) feitas de telhas escarchadas. A rua processional (por onde se transportavam as estátuas dos deuses no festival do ano novo) levava da porta até o centro da cidade e aos grandes templos. As paredes eram de ladrilho azul esmaltado, com relevos de leões (símbolo da deusa Istar) em vermelho, amarelo e branco.
A Babilônia tinha uns 53 templos, um grande templo-torre (zigurate) e uma cidadela com o complexo de palácios. Ali levaram Daniel para que se unisse à corte do rei.
Queda do Império
Apesar de toda sua glória, o Império Neobabilônico durou menos de um século. O exército de Ciro, o persa, capturou a Babilônia no ano 539 a.C. (cf. Dn 5).

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