domingo, 23 de junho de 2024

Mulheres, Amem Seus Maridos

 


Mulheres, Amem Seus Maridos

 

                Eventualmente, ouvimos coisas que não condizem com a realidade dos ensinos Bíblicos. Já ouvi (mais de uma vez) pregadores dizendo:

 

                “Deus manda o marido amar a mulher. Deus não manda a mulher amar o marido. A mulher deve ser submissa. A ordem de amor é só para o marido. Em nenhum lugar da Bíblia se diz que a mulher deve amar o marido”.

 

                Mas, isso não é verdade. Em Tito 2. 4, vemos Paulo dizendo claramente que a mulher deve amar o marido. Paulo está explicando qual deve ser a postura de cada seguimento dos crentes. O jovem pastor Tito deve pregar com fidelidade a sã doutrina (v. 1). Os homens mais velhos são orientados (v. 2). E as mulheres mais velhas são orientadas em como proceder (vv. 3-5). É nesse ponto que vemos o apóstolo exortando as mulheres a amarem seus maridos. As senhoras da Igreja devem ensinar várias coisas às moças, assim como os senhores devem ensinar aos moços. Entre as muitas coisas que as moças devem aprender está a ordem de que as recém-casadas devem aprender a amar seus maridos (v. 4). As senhoras da Igreja que amam seus maridos devem ensinar às moças a amar também. É um discipulado de amor.

 

                Maridos devem amar suas esposas “como Cristo amou a Igreja” (Ef 5. 25). E esposas devem amar seus maridos como a Igreja ama a Jesus, que cuida dela com amor sacrificial. É uma via de mão dupla. Aquela que é muito amada deve amar também. E a submissão, o estar sob a mesma missão, deve ser exercido com amor. Essa mutualidade de amor é indispensável, pois, se alguém se doa sem receber nada, chegará o dia em que não terá mais. Essa troca mútua de amor é o que mantém a alegria do relacionamento.

 

                Paulo ainda diz que as senhoras devem instruir, ensinar às moças  amarem seus maridos e filhos. Entenda que o amor deve ser aprendido e o exemplo de amor de crentes fiéis é a escola perfeita para isso. O amor deve ser aprendido porque o amor não é um sentimento. Fundamentalmente, o amor é “a determinação do coração de investir no outro”. O amor deve ser aprendido, estimulado e nutrido.

 

                Então, eu repito, conclusivamente: Mulheres, amem seus maridos!

 

 

Juberto Oliveira da Rocha Júnior

Conselheiro Pena (MG), 23 de junho de 2024

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Uma Questão Crucial

 


Uma Questão Crucial


“Sabendo o que você sabe agora você poderia voltar para o lugar onde um dia você esteve”? Essa pergunta mudou os rumos da minha vida. O Deus verdadeiro fala com seus filhos de uma maneira especial e espera que ouçamos.


Aos dezesseis anos, Cristo me encontrou. E comecei a aprender coisas que eu não sabia. Entre muitas outras coisas, eu aprendi que:

1. Existe a verdade, ela é absoluta e se encontra na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, em seus 66 livros;

2. Aprendi que não posso me salvar. Minha salvação e vida eterna dependem exclusivamente da obra redentora de Cristo;

3. Nasci em pecado, sou pecador e preciso me arrepender, confessar e mudar;

4. Minhas obras são nada e não podem pagar minha dívida de pecado;

5. Não há nada em mim que me tenha feito merecedor da salvação. O Senhor me salva por Sua livre graça;

6. “Não sou salvo pelas boas obras mas para boas obras”. (Martinho Lutero);

7. Preciso me render a Cristo aceitando que Ele é meu único salvador. Sem Cristo estou condenado à perdição eterna;

8. Descobri que a frase “todos são filhos de Deus” é um engodo. Todos somos criaturas de Deus. Só nos tornamos filhos de Deus mediante Jesus. Só os que o receberam são feitos filhos de Deus;

9. Jesus Cristo é meu Senhor. Devo conhecer sua Palavra e praticá-la;

10. Igrejas não salvam, mas o salvo se une a uma Igreja comprometida com a Palavra de Deus. Se sou um Cristão devo congregar com meus irmãos e servir, trabalhar na obra de Cristo;

11. Sendo cristão de verdade, eu preciso passar pelo batismo bíblico. Tornei-me cônscio de que o batismo não salva. O batismo é o sinal e marca visível de uma aliança firmada exclusivamente com Cristo. O batismo é o sinal visível do derramar do Espírito Santo sobre minha vida. O batismo é também o ritual que declara publicamente que sou exclusivamente de Cristo agora;

12. Aprendi que Cristo me comprou com seu sangue na cruz. Sendo assim, sou exclusivamente dele. Não posso ser consagrado a mais nada e mais ninguém além de meu Mestre. Posto isso, devo abrir mão de qualquer consagração que eu tenha feito, ou que tenham feito de mim, a qualquer outro que não  seja Cristo;

13. Agora sei que o Senhor não divide sua adoração. Devo adorar somente ao Deus Trino. Devo fugir da idolatria. Hoje sei que prostrar-me ante a ícones, imagens é errado. E sei também que idolatria tem um conceito mais profundo. Qualquer coisa ou pessoa (viva ou morta) que eu coloque no lugar devido ao Senhor (o primeiro lugar) é um ídolo;

14. Aprendi que devo declarar com minha boca que Cristo é meu Senhor e Salvador. E aprendi que devo crer de todo o coração. Um cristão de verdade declara abertamente sua fé diante de qualquer homem;

15. Aprendi que o Senhor é um Deus pessoal que se relaciona comigo;

16. Aprendi que o único mediador entre Deus e os homens é Cristo. Só Ele é a ponte suprema. Só Ele merece o nome de “Sumo Pontífice”;

17. Aprendi que só Jesus morreu a morte vicária, substitutiva, que eu deveria ter morrido. Ele morreu em meu lugar para me salvar. Só Ele merece o título de “vigário”, pois morreu a morte vicária;

18. Aprendi que o único que tem poder para perdoar meus pecados e interceder por mim é Jesus. Só Jesus é o sumo sacerdote;

19. Aprendi que toda a glória deve ser dada exclusivamente a Cristo Jesus;

20. Aprendi que só a fé salva. E até essa fé salvadora é dom de Deus;

Aprendi tantas outras coisas...


Apesar de tudo o que aprendi, eu relutei em meu compromisso com Cristo no começo. Por causa da tradição, da família, da sociedade, da pressão... Eu relutei em publicamente assumir que agora eu tinha uma aliança exclusiva com Cristo. Estava postergando me submeter ao batismo bíblico e a professar publicamente minha fé.


Então, numa noite, ouvi o Espírito Santo sussurrar essa questão em meu coração: “Sabendo o que você sabe agora você poderia voltar para o lugar onde um dia você esteve”? Eu não podia mais voltar. Era impossível. Eu não era mais ignorante. Eu conhecia a verdade. Então, declarei publicamente que o Senhor firmou comigo uma aliança inquebrável. Não há como voltar! 


Hoje, escuto algumas histórias de pessoas que disseram ser de Cristo, verdadeiros cristãos, mas que retornaram aos ritualismos, paramentos espalhafatosos, idolatria e superstições. Só posso concluir  que eles não retornaram. Na verdade, eles nunca saíram de tudo isso. Não em seus corações. Nunca entenderam Cristo. Se tivessem sido libertos pela verdade, jamais deixariam a verdade pela mentira. Nunca retornariam para o deslumbrante, espalhafatoso e mortal engano. Não há volta quando se entra pelo Caminho Estreito. Aquele que pôs a mão no arado não pode mais olhar para trás.


Fica o desafio do Espírito Santo para você:

“Sabendo o que você sabe agora você poderia voltar para o lugar onde um dia você esteve”?


Juberto Oliveira da Rocha Júnior 

Governador Valadares (MG), 14 de junho de 2024


terça-feira, 11 de junho de 2024

Maria, Maria

 


Maria, Maria


Recentemente ouvi uma música evangélica de louvor em que parte da letra diz: “Como Maria que estava aos teus pés e dissestes a ela: esta é a boa parte que nunca, nunca será tirada” (Eu Encontrei o Meu Tesouro – Como Maria – PHOP Música). A canção faz referência  a Maria aos pés do mestre Jesus. Então, fui ver os comentários (pra quê?). Havia muitos comentários de católicos romanos dizendo coisas como:

- “Agora os evangélicos estão aprendendo sobre Maria”

- “Os crentes estão começando a entender que tem que respeitar a virgem Maria”.

E comentários nessa direção vão aparecendo.


Eu já fui católico romano e sou um cristão, reformado e presbiteriano. O Senhor Jesus me aceitou faz mais de trinta anos. Não desrespeitamos Maria, esposa de José. Maria é um personagem bíblico admirável. O ponto é que não adoramos, veneramos e nem pedimos a intercessão de Maria, pois a Bíblia ensina que todas essas atitudes devem ser prestadas a Trinidade Santa somente.


Mas, tem uma coisa que salta aos olhos quando leio os comentários desse pessoal.  A ignorância das Escrituras é impressionante. A música não se refere à Maria que deu à luz a Jesus. A música está falando de outra Maria. O que essas pessoas parecem desconhecer é que muitas Marias são mencionadas na Bíblia. Alguns exemplos:

1. Maria, mãe de Jesus (Mt 1. 16);

2. Maria Madalena (Lc 8. 2);

3. Maria, mãe de Tiago e José (Mt 27. 56);

4. Maria, mãe de Marcos (At 12. 12);

5. Maria, uma cristã de Roma (Rm 16. 6);

6. Maria, irmã de Marta e Lázaro (Jo 11. 1.

E Dá-lhe “Marias”!


A música se refere justamente à Maria irmã de Marta e Lázaro, de Betânia (Lc 10. 38-42; Jo 12. 3 e seguintes). Não há referência à esposa de José aqui. Na verdade, Maria é um nome muito comum nos tempos bíblicos. De acordo com censos realizados entre 330 a.C. e 200 d.C. na região onde hoje fica Israel e os territórios palestinos, 24% das mulheres registradas eram Marias. (Informação do site Got Questions). Há na Palavra outras personagens que se chamam Maria com histórias lindas, mas o desconhecimento bíblico leva muita gente a perder muita coisa.


Também precisamos levar em consideração o fato de que há pessoas que só veem aquilo que querem. Há pouco tempo,  prestamos um culto de ações de graças ao Senhor pela vida de uma irmã. Na oportunidade, eu preguei um sermão baseado no cântico de Maria, o Magnificat (Lc 1. 46-56). Falei sobre como Maria apontava para Jesus; como ela dirige sua adoração a Jesus; como ela se alegrou porque chegou o Salvador. Pontuei que Maria precisava de um Salvador. E, se Maria admitia que precisava ser salva e desejava o Salvador, também nós precisamos do Salvador Jesus. Tudo muito bom. Mas uma senhora líder na igreja católica romana faz o seguinte comentário: 

- “Parece que alguns pastores estão aprendendo quem é Maria”.

Ela só ouviu o nome “Maria” e mais nada. Só viu o que quis.


Sei quem é Maria, mãe de Jesus. Também conheço muitas outras Marias da Bíblia. Sobre a Maria esposa de José sei que:

1. Ela se alegrou com a vinda do Messias pois ela o aguardava. Não aguardava a si mesma.

2. Sei que ela engrandeceu ao Senhor e não a si mesma. Não penso que ela aprovaria todo o engrandecimento que muitos dão a ela hoje.

3. Ela se alegrou em seu Salvador. Ela não veio salvar. Ela veio com o propósito de dar à luz ao Salvador. 

4. Maria precisava do Salvador Jesus para adentrar ao Céu. Eu também preciso. Você também precisa de Jesus, exatamente como Maria e todas as Marias.

5. Maria não é intercessora. Ela mesmo nos ensinou a recorrer e obedecer a Jesus (Jo 2 – as bodas em Caná).

6. Ela se retira de cena ao cumprir seu propósito. Ela sabe que o centro é Jesus.

7. Ela nunca reivindicou nada para si. Ela compreendeu que a deidade, o alvo da adoração, da reverência, o paradigma é JESUS.

Aprendamos com Maria e pratiquemos o que aprendemos. Tudo na Bíblia converge, aponta para Jesus. Inclusive Maria e as Marias.


Renda-se a Jesus, pois “em nenhum outro há salvação”  (Até 4. 12).


Juberto Oliveira da Rocha Júnior 

Governador Valadares (MG), 11 de junho de 2024


Amor! Ah, o Amor!


 Amor. Ah, o Amor!


Em tempos de egoísmo, antropocentrismo, hedonismo e tantos ismos há afirmações que não agradam, mas, são a verdade e precisam ser ditas. Uma delas tem a ver com o amor. O amor não é provado nas festas, no júbilo e  na bonança. O amor é provado na tempestade.


Nestes dias, minha amada está enferma.E sou lembrado de que, nesses dias, é que provamos o verdadeiro amor. Ver “o osso dos meus ossos e a carne da minha carne” sofrer  causa-me tristeza e angústia. Não é na festividade que entendemos o significado mais profundo de “uma só carne”. É na dor que compreendemos com profundidade o conceito de tornar-se uma só carne. Aqui entendemos um pouco o que Paulo está dizendo aos maridos ao nos ordenar dar a vida por nossas esposas “como Cristo fez por sua igreja”, sua noiva. Eu preferiria estar enfermo no lugar dela a vê-la sofrer. É mais suportável sofrer no lugar dela do que vê-la sofrer.


Quando Paulo compara nossa união com nosso cônjuge ao relacionamento de Cristo com sua igreja , esse conceito de que o amor é verdadeiramente provado no tempo da dor fica mais evidente. A maior prova de amor jamais vista envolveu dor, sangue e enfermar.


Jesus olhou para nós e viu nosso estado doentio.  Nós mesmos não éramos capazes de enxergar nossa doença e dor e Ele a viu em toda sua extensão. Ele nos amou enormemente e preferiu sofrer em nosso lugar. Ele nos amou tão profundamente que se agradou em enfermar para levar nossas mais mortíferas enfermidades de pecado. Seu infinito amor foi provado e muito aprovado na cruz.


Cristo nos ensina que a grande prova de amor brota nas lutas, dores e tempestades. Amor provado e aprovado na adversidade é verdadeiro amor. Não há “maior amor que este: de alguém dar a sua vida por amor a outro alguém”.


Amor que não resiste às sacudidas do barco não é amor. 


Vem logo o dia em que Cristo buscará sua noiva, a igreja, e a levará para a grande e eterna celebração. Isso só é possível porque Ele provou seu grande amor na cruz. Antes da alegria superlativa deve vir a maiúscula prova de amor. Assim é na nossa vida: a celebração gloriosa de todos os nossos relacionamentos deve ser precedida pela certeza de um amor que sabemos que é verdadeiro porque já foi provado. 


Ao passar por lutas junto a pessoas que você ama, não pense que o Senhor te esqueceu. Pense que você pode estar vivendo a oportunidade de provar seu verdadeiro e doce amor ao querido ou querida que está ao seu lado.


Juberto Oliveira da Rocha Júnior 

Governador Valadares. (MG), 10 de junho de 2024