Mãe... Lembranças...
Faz tempo a senhora se foi
Mas, eu me lembro da voz.
Lembro-me muito de nós.
Eu me lembro de lhe dar
trabalho.
E do seu grande labor.
Lembro-me do seu amor.
Eu me lembro da sua luta
Pra que eu pudesse ver.
Como poderia esquecer?
Eu me lembro do toca-fitas
Com boa música em meu
cantinho.
Quanto carinho!
Eu me lembro de sua
alegria,
Das confusões que
aprontava,
Das brincadeiras que
armava.
Eu me lembro do seu
carinho.
E que, às vezes, ficava
brava.
Tudo porque nos amava.
A senhora lecionando
Na escola e APAE,
Sendo mãe e pai.
E os brinquedos que me
deu?
Devem ter lhe apertado...
Mas, sei que fui amado.
Me lembro dos livros
E dos momentos de leitura.
Que boa semeadura!
E a senhora me ensinando
palavrões,
Que suas netas nunca vão
me ouvir falar:
Era uma forma de carinho
singular.
E as histórias de suas
peripécias
Que até hoje divertem a
"Vieirada"...
Que saudade exagerada!
Lembro-me de quando não
voltou...
E não poderia voltar mais.
De quanta falta fez e faz!
Hoje, lembrei de agradecer
Por meus sete primeiros
anos de vida,
Por ter tido a senhora,
mãe querida.
Juberto Oliveira da Rocha Júnior
Conselheiro Pena (MG), 07 de maio de 2024
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