quarta-feira, 8 de maio de 2024

Cuidado com o Ciúme!

 


Cuidado com o Ciúme!

 

Nós sempre nos lembramos do pródigo que saiu, mas nós nos esquecemos do pródigo que ficou em casa. Em Lucas 15, nós vemos a história do filho pródigo. Aliás, Lucas 15 é o capítulo das coisas perdidas. É o capítulo da dracma (moeda) perdida, da ovelha perdida e do filho perdido. E na história desse filho que se perdeu, nós sempre damos ênfase àquele que saiu de casa e muitas vezes nos esquecemos do que ficou em casa. Bom, a gente conhece a história. O filho mais novo pediu toda a sua herança, saiu e gastou todo o seu dinheiro de uma forma dissoluta. Dissolveu tudo, acabou com tudo. E, de repente, ele descobre que era melhor ser um escravo na casa do seu pai do que ser “livre” nesse mundo. Então, ele volta para casa, confessa sua pequenez e o seu erro... e ele diz: “Pai, peguei contra o senhor e diante dos homens. Eu não sou mais digno de ser chamado seu filho. Trate-me como um dos seus servos”. O que o pai fez? Ele vai ao encontro do seu filho, o abraça e faz uma festa. O filho mais velho, que estava trabalhando, quando chega, ouve a música, ouve a festa e pergunta a um dos servos:

- “O que está acontecendo”?

E o servo explica:

- “Ah, o seu irmão que estava perdido, voltou”.

O filho mais velho, então, recusa-se a entrar e o pai vai ao encontro dele para produzir reconciliação. Mas, ele diz ao pai:

- “Há quantos anos eu te sirvo e o senhor nunca me deu um cabrito para festejar com os meus amigos! Agora, esse teu filho aí, que pediu a herança, te considerou como um morto, foi pra esse mundo, gastou tudo de modo indevido, volta e o senhor faz festa?”

E a resposta do pai é algo muito maravilhoso, que está em Lucas 15. 31-32. E lá está escrito assim: “Então, lhe respondeu o pai: ‘Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado’”. O filho que ficou em casa já era o dono de tudo, mas o ciúme, o rancor, a raiva, tudo isso o deixou cego e ele não conseguia enxergar que já era dono de tudo. Ele não precisava pedir um cabrito, já era dele. Ele não precisava pedir. Tudo já era dele. Muitas vezes somos assim: deixamos de enxergar as nossas bênçãos porque estamos preocupados com o outro. Estamos ocupados com o ciúme. Estamos preocupados com o que o outro está recebendo. Tão preocupados que nem enxergamos como somos abençoados e como já temos recebido até muito mais que o outro. O filho que se perdeu volta disposto a ser servo na casa do seu pai. O filho que estava em casa se considerava um servo, quando na verdade já era dono de tudo. Nós precisamos pensar sobre isso. A história do filho pródigo é a nossa história. Nós estávamos perdidos e, em um momento, tomamos consciência da nossa condição por graça e por obra do Espírito Santo. Nós nos voltamos para o Pai e Ele nos recebe de braços abertos. Mas, com o passar do tempo, se não tomarmos cuidado, nós nos tornamos como o filho mais velho, ciumento, que não consegue enxergar as próprias bênçãos que tem e que são muito, Muito, MUITO GRANDES. Cuidado com o ciúme! O ciúme cega. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos livre dos ciúmes, da cegueira e da inveja.

 

Juberto Oliveira da Rocha Júnior

Nenhum comentário:

Postar um comentário