“Morreu, Mas Passa Bem”
A expressão foi
cunhada pelo pessoal do humorístico “Planeta Diário” na década de 80.
Ela é usada quando alguém passa por situações extremas ou complicadas, mas
termina bem. Também é usada em caso de falsas notícias de morte com conotação
humorística sobre o acontecido.
Do ponto de vista da
lógica, essa expressão é uma antinomia: morrer e passar bem são opostos. Ou
está vivo e passa bem, ou morreu e não goza mais de saúde.
Mas, há um povo para o
qual essa expressão faz todo o sentido, sendo motivo de alegria. Para esse povo
essa declaração é, no máximo, um paradoxo, que é quando duas coisas parecem
opostas, mas não são. Esse povo é capaz de se alegrar com a afirmação de que
alguém morreu, mas está muito bem. Para essa parcela da população
morrer é uma vantagem grande e um consolo indescritível. Esse povo somos nós,
os cristãos.
Sabemos que a morte em
si não é algo bom e desejável, pois “o salário (o resultado, o castigo) do
pecado é a morte” (Romanos 6. 23). Morrer em si não é algo desejável. Mas,
Jesus entra na história e paga toda a nossa dívida de pecado que temos.
“Ele cancelou o registro de acusações contra nós, removendo-o e pregando-o na
cruz. Desse modo, desarmou os governantes e as autoridades espirituais e
os envergonhou publicamente ao vencê-los na cruz” (Colossenses 2. 14 –
15). A obra redentora de Cristo na cruz, então, traz salvação e
certeza de vida eterna a todo aquele que crê em Jesus e Sua
obra regeneradora, conforme registrado na Bíblia. João 3. 16 – 18 diz:
“Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o
que nele crer não pereça (não morra eternamente, inferno), mas tenha a
vida eterna (o paraíso, o céu junto a Trindade). Deus enviou seu
Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio
dele. Não há condenação alguma para quem crê nele. Mas quem não crê nele
já está condenado por não crer no Filho único de Deus”.
A certeza de salvação
e vida eterna que habitam o verdadeiro cristão, convicção adquirida na Palavra
de Deus, nos faz enxergar a morte e o pós-morte de uma nova perspectiva. Isso é
tão intenso que o apóstolo Paulo pode dizer que “… para mim, o
viver é Cristo, e o morrer é lucro. Mas, se continuar vivo, posso
trabalhar e produzir fruto para Cristo. Na verdade, não sei o que escolher.
Estou dividido entre os dois desejos: quero partir e estar com Cristo, o que me
seria muitíssimo melhor. Contudo, por causa de vocês, é mais importante que eu
continue a viver” (Filipenses 1. 21 – 24).
Pensar nas ruas de
ouro, mar de cristal, na comunhão intima e eterna com a Trindade Santa, na
comunhão com todos os irmãos, na paz, alegria, harmonia… em todas as coisas
preparadas para os crentes verdadeiros (Apocalipse 21 e 22) nos faz poder
olhar para um irmão na fé que descansou e dizer: “morreu, mas passa
bem”. Quando um autêntico servo do Deus Único e Verdadeiro parte, nós podemos
dizer mais do que “morreu, mas passa bem”, podemos dizer: “Morreu e está
infinitamente melhor”.
Juberto Oliveira da Rocha Júnior
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