Se...
“Se Deus não existisse, tudo seria
permitido”. Essa frase é um comentário de Jean Paul Sartre a uma passagem do
romance “Os Irmãos Karamazov” de Dostoievski, e diz respeito ao problema
filosófico da relação entre moral e religião. Se Deus não existisse, nada seria
permitido, pois nada existiria. Entretanto, supondo (uma suposição fantasiosa,
inconcebível) que o mundo existisse e Deus não... Se isso fosse possível. E,
supondo que o homem pudesse chegar as compreensões que chegou sem Deus... Algo
absolutamente impossível sem a imagem de Deus em nós. Então, tudo seria
permitido.
O homem não desenvolveu um senso
moral. Ele o recebeu de Deus. O homem não criou a religião para manter
parâmetros morais. Ele busca a religião porque Deus existe e o homem precisa dEle.
O homem tem gravado em si as marcas, as digitais de Deus e, por isso, busca
alcançá-lo. Nem sempre o faz da maneira certa e muitos o buscam em deuses que o
coração inventa. Deus colocou princípios morais no homem. Esses princípios são
parte da imagem de Deus como a qual o homem foi criado.
A religião sem a existência real de
Deus jamais criaria uma humanidade com princípios morais. Homens tentam criar
religiões num esforço particular de alcançar a Deus. Deviam se abrir para que o
Senhor se achegue a eles, e assim seriam transformados. É a inversão dessa
última afirmação que leva o homem a construção de religiões que, cheias de
devaneios, acabam sendo merecedoras de críticas.
Sartre foi um pensador. Isso não
quer dizer que tenha caminhado pelas considerações corretas. Seu comentário era
oposto ao que Dostoievski expressou. Dostoievski também escreveu que “Há no
Homem um vazio do tamanho de Deus”. Tal vazio só pode ser preenchido por Deus:
o Deus verdadeiro revelado na Bíblia Sagrada. Uma grande parcela da sociedade
tenta ignorar a existência de Deus para assim se entregar a todos os prazeres,
pecados e devassidão. Pensam que, se puderem fazer livremente tudo o que
desejar seu coração, serão plenos e felizes. E cada vez mais se tornam mais
vazios, destituídos de propósito e razão para viver. Em virtude disso,
tornam-se mais depressivos, desesperados, ansiosos, escravos dos vícios,
devassos, descontrolados... Caminham na direção errada. Não sem razão, quando
um homem se volta para Deus, chamamos isso de conversão. Só há razão,
propósito, alegria, sentido, preenchimento, esperança em Deus, na aceitação da
pessoa e obra de Seu Filho Jesus.
Só há princípios morais porque somos
regidos por Deus, que é maior que a moral, transcende a moral, e que nos criou com
senso moral. Sem Ele só haveria o caos e a nossa extinção em virtude do coração
enganoso do homem. Ateísmo, existencialismo e “progressismo” são a sentença de
condenação do homem à morte e da sociedade à derrocada final.
Deus existe! É o Criador e
Sustentador de todo o Universo! É o Governante da história e levará seu povo à
eternidade gloriosa! Só Nele há esperança para hoje e para sempre!
Juberto
Oliveira da Rocha Júnior é pastor da Igreja Presbiteriana Simonton – IPB –
Conselheiro Pena.
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