terça-feira, 8 de agosto de 2023

Se...

 


Se...

 

            “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. Essa frase é um comentário de Jean Paul Sartre a uma passagem do romance “Os Irmãos Karamazov” de Dostoievski, e diz respeito ao problema filosófico da relação entre moral e religião. Se Deus não existisse, nada seria permitido, pois nada existiria. Entretanto, supondo (uma suposição fantasiosa, inconcebível) que o mundo existisse e Deus não... Se isso fosse possível. E, supondo que o homem pudesse chegar as compreensões que chegou sem Deus... Algo absolutamente impossível sem a imagem de Deus em nós. Então, tudo seria permitido.

            O homem não desenvolveu um senso moral. Ele o recebeu de Deus. O homem não criou a religião para manter parâmetros morais. Ele busca a religião porque Deus existe e o homem precisa dEle. O homem tem gravado em si as marcas, as digitais de Deus e, por isso, busca alcançá-lo. Nem sempre o faz da maneira certa e muitos o buscam em deuses que o coração inventa. Deus colocou princípios morais no homem. Esses princípios são parte da imagem de Deus como a qual o homem foi criado.

            A religião sem a existência real de Deus jamais criaria uma humanidade com princípios morais. Homens tentam criar religiões num esforço particular de alcançar a Deus. Deviam se abrir para que o Senhor se achegue a eles, e assim seriam transformados. É a inversão dessa última afirmação que leva o homem a construção de religiões que, cheias de devaneios, acabam sendo merecedoras de críticas.

            Sartre foi um pensador. Isso não quer dizer que tenha caminhado pelas considerações corretas. Seu comentário era oposto ao que Dostoievski expressou. Dostoievski também escreveu que “Há no Homem um vazio do tamanho de Deus”. Tal vazio só pode ser preenchido por Deus: o Deus verdadeiro revelado na Bíblia Sagrada. Uma grande parcela da sociedade tenta ignorar a existência de Deus para assim se entregar a todos os prazeres, pecados e devassidão. Pensam que, se puderem fazer livremente tudo o que desejar seu coração, serão plenos e felizes. E cada vez mais se tornam mais vazios, destituídos de propósito e razão para viver. Em virtude disso, tornam-se mais depressivos, desesperados, ansiosos, escravos dos vícios, devassos, descontrolados... Caminham na direção errada. Não sem razão, quando um homem se volta para Deus, chamamos isso de conversão. Só há razão, propósito, alegria, sentido, preenchimento, esperança em Deus, na aceitação da pessoa e obra de Seu Filho Jesus.

            Só há princípios morais porque somos regidos por Deus, que é maior que a moral, transcende a moral, e que nos criou com senso moral. Sem Ele só haveria o caos e a nossa extinção em virtude do coração enganoso do homem. Ateísmo, existencialismo e “progressismo” são a sentença de condenação do homem à morte e da sociedade à derrocada final.

            Deus existe! É o Criador e Sustentador de todo o Universo! É o Governante da história e levará seu povo à eternidade gloriosa! Só Nele há esperança para hoje e para sempre!

 

 

Juberto Oliveira da Rocha Júnior é pastor da Igreja Presbiteriana Simonton – IPB – Conselheiro Pena.

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