OS SINAIS DA MORTE DE UMA IGREJA
Igrejas morrem? Como podemos saber que uma igreja
está na iminência de morrer? Quais são esses sinais de morte? Vamos observar
esses sinais à luz das sete igrejas da Ásia Menor. Essas igrejas estão há quase
dois mil anos de nós, mas as causas que as levaram à morte são as mesmas ainda
hoje.
A morte de uma igreja
acontece quando ela se aparta da verdade. Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas
pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso das igrejas de Pérgamo e
Tiatira, que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam
tanto na teologia como na ética. Uma igreja não
tem antídoto para resistir à apostasia e à morte quando a verdade é abandonada. Temos visto esses sinais de morte em muitas
igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações
históricas renderam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo, abandonando a
sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um
lado ou o crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso
com a verdade e com a santidade.
A morte de uma igreja
acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade
a Cristo e seu apego ao mundo. A igreja de Tiatira tolerava imoralidade sexual
entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas
a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele
não permanece. Seu
candeeiro é apagado e removido.
A morte de uma igreja
acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava
nota máxima para si mesma dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de
Cristo já estava morta. A igreja de Laodiceia considerava-se rica e abastada,
quando na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem
consciência de sua enfermidade. Uma igreja
nuca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas
suas pretensas virtudes.
A morte de uma igreja
acontece quando ela não associa a doutrina com a vida. A igreja de Éfeso foi elogiada pelo seu zelo
doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Tinha
doutrina, mas não vida; ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não
vida piedosa. Jesus ordenou à igreja que se lembrasse de onde tinha caído, se
arrependesse e voltasse à pratica das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da
doutrina. As duas coisas não podem
viver separadas. Uma igreja viva tem doutrina
e vida, ortodoxia e piedade.
A morte de uma igreja
acontece quando lhe falta perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas
pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas num dado momento, nas dobras
do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua
relevância. Não basta começar bem, é
preciso terminar bem.
Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração.
Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o
mesmo fervor da primeira geração. É preciso não apenas começar a carreira, mas
terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa
igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos
e netos? Uma igreja viva ou uma igreja morta?
Extraído do livro “Revitalizando a Igreja” de Hernandes Dias Lopes e
Arival Dias Casimiro
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