É preciso ficar bem
claro que o Filho de Deus não morreu porque o tribunal religioso dos judeus
(Sinédrio) e o governador romano (Pôncio Pilatos) o condenaram à morte.
A morte de Jesus não
foi um acidente de percurso, nem um mero assassinato, nem um final trágico, nem
uma derrota vergonhosa. A morte de Jesus não está envolta em mistério, não é
algo inexplicável à vista de seu poder e de seus recursos.
A morte de Jesus foi
voluntária, premeditada e anunciada. Embora molhada em sangue, suor e lágrimas,
embora árdua e sofrida, embora extremamente dolorosa e humilhante — a morte de
Jesus foi a mais cara e mais espetacular vitória de que se tem notícia. Ela
tornou viável o perdão de pecados e possível a salvação de todos os que creem.
Jesus só foi preso e
crucificado porque “o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Is 53.6).
Daí a explicação de Paulo: “Em Cristo não havia pecado. Mas Deus colocou sobre Cristo
a culpa dos nossos pecados para que nós, em união com Ele, vivamos de acordo
com a vontade de Deus.” (2 Co 5.21, NTLH.) Daí a explicação de Pedro: “Ele
mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que
morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês
foram curados” (1Pe 2.24, NVI). Daí também a explicação de João: “O sangue de Jesus
nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1.7). No momento exato em que Jesus entregou
o espírito, por volta das 3 horas da tarde daquela sexta-feira, “o véu do santuário
rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” (Mt 27.51). Essa cortina espessa e
tricolor que separava o santuário do lugar santíssimo, também chamado Santo dos
Santos, simbolizava a impossibilidade de o homem, absolutamente pecador, se
aproximar de Deus, absolutamente santo.
A morte de Jesus foi
o sacrifício que abriu o caminho até Deus. Desde então, “temos plena confiança para
entrar no Santo dos Santos [na presença de Deus] por um novo e vivo caminho que
Ele nos abriu por meio de véu, isto é, de seu corpo” (Hb 10.19, 20, NVI).
(Elben César, Nem Tudo é Sexta Feira – E-book – pp. 07 e 08, Editora Ultimato, Viçosa, MG, 2013)
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