terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O PODER DA LÍNGUA

                Conta-se que certa vez um mercador grego, rico, ofereceu um banquete com comidas especiais. Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a melhor iguaria. O escravo retornou com belo prato. O mercador removeu o pano e  assustado disse:
                - “Língua?!! Este é o prato mais delicioso”?
                O escravo, sem levantar a cabeça, respondeu:
                - “A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua que pedimos água... dizemos ‘mamãe’, fazemos amigos, perdoamos. Com a língua reunimos pessoas, dizemos ‘meu Deus’, oramos, cantamos, dizemos ‘eu te amo’”...
                O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria de seu escravo, e o mandou de volta ao mercado, desta vez para trazer o pior alimento. O escravo voltou com um lindo prato, coberto por fino tecido. O mercador, ansioso, retirou o pano para conhecer o pior alimento.
                - “Língua, outra vez”?!! disse, espantado.
                - “Sim, língua”, respondeu o escravo. “É com a língua que condenamos, separamos, provocamos intrigas e ciúmes, blasfemamos. É com ela que expulsamos, isolamos, enganamos nosso irmão, xingamos pai e mãe... Não há nada pior que a língua; não há nada melhor que a língua. Depende do modo que a usamos”.
                Muitos males têm sido causados por uma só palavra ou frase proferida . Diz um ditado que “falar é prata, calar é ouro”. Palavras ferem, matam, magoam, semeiam dúvidas, fazem pecar, geram ódio...e muitas vezes quem diz o que quer, ouve o que não quer. Uma palavra, uma frase, pode doer mais que a dor física. A dor física pode cessar com um medicamento, mas a dor provocada por uma palavra ou frase, muitas vezes nem o tempo apaga, e, quando apagada, costuma deixar cicatrizes.
                O piloto de um navio dirige-o para qualquer direção controlando um pequeno leme. Da mesma forma um cavalo é dirigido por nós quando lhe pomos freios na boca. Que possamos usar nossa língua para dizer o quanto amamos nossos entes queridos e amigos; para perdoar a quem nos ofende, para pedir perdão a quem ofendemos, para oferecer ajuda ao necessitado, para elogiar, para ensinar, para proclamar a paz, para repelir a guerra, as fofocas, as intrigas, a inveja, a maledicência.
                Façamos de nossos lábios,instrumentos em favor da PAZ!


(Autor Desconhecido)

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