sexta-feira, 26 de abril de 2024

“Morreu, Mas Passa Bem”


 “Morreu, Mas Passa Bem”

 

A expressão foi cunhada pelo pessoal do humorístico “Planeta Diário” na década de 80. Ela é usada quando alguém passa por situações extremas ou complicadas, mas termina bem. Também é usada em caso de falsas notícias de morte com conotação humorística sobre o acontecido.

 

Do ponto de vista da lógica, essa expressão é uma antinomia: morrer e passar bem são opostos. Ou está vivo e passa bem, ou morreu e não goza mais de saúde.

 

Mas, há um povo para o qual essa expressão faz todo o sentido, sendo motivo de alegria. Para esse povo essa declaração é, no máximo, um paradoxo, que é quando duas coisas parecem opostas, mas não são. Esse povo é capaz de se alegrar com a afirmação de que alguém morreu, mas está muito bem. Para essa parcela da população morrer é uma vantagem grande e um consolo indescritível. Esse povo somos nós, os cristãos.

 

Sabemos que a morte em si não é algo bom e desejável, pois “o salário (o resultado, o castigo) do pecado é a morte” (Romanos 6. 23). Morrer em si não é algo desejável. Mas, Jesus entra na história e paga toda a nossa dívida de pecado que temos. “Ele cancelou o registro de acusações contra nós, removendo-o e pregando-o na cruz. Desse modo, desarmou os governantes e as autoridades espirituais e os envergonhou publicamente ao vencê-los na cruz” (Colossenses 2. 14 – 15). A obra redentora de Cristo na cruz, então, traz salvação e certeza de vida eterna a todo aquele que crê em Jesus e Sua obra regeneradora, conforme registrado na Bíblia. João 3. 16 – 18 diz: “Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça (não morra eternamente, inferno), mas tenha a vida eterna (o paraíso, o céu junto a Trindade). Deus enviou seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio dele. Não há condenação alguma para quem crê nele. Mas quem não crê nele já está condenado por não crer no Filho único de Deus”. 

 

A certeza de salvação e vida eterna que habitam o verdadeiro cristão, convicção adquirida na Palavra de Deus, nos faz enxergar a morte e o pós-morte de uma nova perspectiva. Isso é tão intenso que o apóstolo Paulo pode dizer que “… para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Mas, se continuar vivo, posso trabalhar e produzir fruto para Cristo. Na verdade, não sei o que escolher. Estou dividido entre os dois desejos: quero partir e estar com Cristo, o que me seria muitíssimo melhor. Contudo, por causa de vocês, é mais importante que eu continue a viver” (Filipenses 1. 21 – 24). 

 

Pensar nas ruas de ouro, mar de cristal, na comunhão intima e eterna com a Trindade Santa, na comunhão com todos os irmãos, na paz, alegria, harmonia… em todas as coisas preparadas para os crentes verdadeiros (Apocalipse 21 e 22) nos faz poder olhar para um irmão na fé que descansou e dizer: “morreu, mas passa bem”. Quando um autêntico servo do Deus Único e Verdadeiro parte, nós podemos dizer mais do que “morreu, mas passa bem”, podemos dizer: “Morreu e está infinitamente melhor”. 

 

Juberto Oliveira da Rocha Júnior 

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